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Evento organizado pelo IDR-Paraná acontece segunda-feira (8), na ExpoLondrina

O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) realizará na ExpoLondrina um seminário técnico para discutir as mudanças climáticas e suas implicações nas estratégias para manejo e conservação do solo e da água. O encontro está programado para segunda-feira (8), às 14 horas, no Recinto José Garcia Molina.

 “Na última safra, o agricultor teve de lidar com chuvas mal distribuídas e temperaturas excessivas, queremos reunir técnicos e produtores para debater essa realidade e as tecnologias disponíveis para contorná-la”, convida o pesquisador Cezar Francisco Araújo Júnior. “Boas práticas de manejo do solo podem mitigar os efeitos das alterações climáticas nos sistemas produtivos”, ele complementa.

Ele destaca que o solo tem participação fundamental na dinâmica da água entre a atmosfera, rios e riachos. “Pouca gente se dá conta, mas a terra agrícola é um grande reservatório, só precisamos usar as tecnologias que já desenvolvemos para essa finalidade”, defende o pesquisador.

Utilização do sistema de plantio direto — em que o revolvimento do solo é mínimo, restrito às linhas de semeadura —, a manutenção de cobertura permanente na superfície; a diversificação de culturas com uso do próprio sistema de raízes das plantas para fazer escarificação biológica, reciclar nutrientes, minimizar a emissão dos gases de efeito estufa e aumentar o estoque de carbono são alguns exemplos de estratégias apontadas pelo pesquisador. “Essas técnicas ainda otimizam a entrada e reduzem a saída de água no solo, aumentando assim a disponibilidade hídrica para as culturas” explica Araújo.

História

O Paraná tem larga história em manejo sustentável do solo, iniciada ainda no início da década de 1970, quando a pesquisa, a extensão rural e os produtores enfrentaram o grave problema da erosão que arrasava terras e cursos d’água no Estado.

Com abordagem em microbacias, pesquisadores do IDR-Paraná desenvolveram e adaptaram métodos de terraceamento e cultivo mínimo que recuperaram milhares de hectares no Paraná e inspiraram projetos similares em outras regiões brasileiras e também na América Latina e África. Nesse período foram iniciados os estudos sobre plantas de cobertura para rotação de culturas e, ainda, os primeiros ensaios em plantio direto.

Estima-se que no Paraná sejam cultivados sob sistema de plantio direto em torno de 80% dos cerca de 5,6 milhões de hectares dedicados a lavouras anuais. “Mas precisamos avançar ainda mais” aponta o pesquisador.

Além de Araújo Júnior, participarão do seminário os especialistas Celso Daniel Seratto, Graziela Moraes Cesare Barbosa, Jonez Fidalski e Sérgio José Alves, todos ligados ao IDR-Paraná, e também o engenheiro Charles dos Santos, da CS Consultoria Ambiental.

Asimp/IDR

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