Agricultura fecha balanço final e confirma safra recorde
A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou nesta sexta-feira (22) o resultado final da safra 2016/2017 e confirmou o recorde de produção da safra geral, de 41,65 milhões de toneladas. O volume foi 19% acima do ano anterior, quando foram colhidas 35,13 milhões de toneladas. A safra de verão, com 25,3 milhões de toneladas foi a que mais pesou no resultado geral.
Para a safra de grãos de verão 2017/2018 a previsão é de queda de até 10% em relação a anterior – o que corresponde a 2,5 milhões de toneladas. Problemas no clima, que começaram já no segundo semestre deste ano, causaram a redução.
Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a previsão é que a produção seja de 22,8 milhões de toneladas, contra 25,3 milhões de toneladas da safra anterior.
CLIMA - O secretário Norberto Ortigara observa que houve uma verdadeira ciranda do clima, que variou de seca intensa entre julho e o final de setembro, passando por períodos de chuvas intensas a partir de setembro, seguido de frio que se prolongou até o mês de novembro.
Com esse comportamento irregular do clima, ocorreu concentração, em outubro, do plantio das três principais culturas - feijão e milho da primeira safra e soja. “Essa situação deverá reduzir a janela de plantio de milho segunda safra e colocar em risco a produção deste importante cereal, que é o principal alimento para produção de frangos, suínos e leite no Paraná”, comentou Ortigara.
Ele explicou que, por isso, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) estendeu o prazo para o plantio da soja no Estado, de 31 de dezembro para até o dia 14 de janeiro, em caráter excepcional. “Isso permite ao produtor optar por fazer o plantio de soja em sucessão a feijão e milho” finalizou Ortigara.
CLIMA NORMAL - O diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, comenta que a produção para a safra de verão 17/18 necessita de um normal para atingir a produção esperada. “Daqui para a frente cerca de metade da área de milho e 60% de soja entram nas fases de floração e maturação, momento em que é determinante que o clima apresente condições normais de chuva e temperatura para consolidação da produção ora estimada”, diz ele.
Segundo Simioni, a redução na produção de grandes culturas da safra 17/18 não deverá ter um grande impacto nos preços dos alimentos, pois ainda existem estoques elevados no país de milho e soja. “O poder de compra real dos consumidores ainda está aquém de 2015”, disse ele. “A recomposição da renda é fator determinante para ajudar na consolidação do crescimento”, finalizou.
AEN
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