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A possibilidade de automatizar a coleta de informações essenciais para obter melhores resultados na criação de peixes animou um grupo de criadores de Londrina e região que conheceu o projeto TATILFish durante a reunião mensal  “Amigos do Peixe”, realizada pela Associação Norte Paranaense de Aquicultores – Anpaqui, neste mês de julho.

O projeto que está abrigado na Aceleradora Go SRP Agritech e antes denominado Smart Fish, é constituído por um aplicativo para smartphone ou computador, e uma estação de monitoramento instalada em tanques de peixe com o objetivo de captar informações sobre a qualidade da água, especialmente, temperatura e nível de oxigênio dissolvido. Essas informações são monitoradas, via aplicativo, facilmente pelo gestor do negócio.

“É um projeto bastante útil, principalmente, para quem tem tanques escavados, onde o volume de água é menor e o monitoramento tem que ser mais frequente”, indica o presidente da Anpaqui, Marcos Roberto Moreno.

Segundo ele, hoje o monitoramento é feito com o oxímetro, um aparelho caro e que exige mão de obra qualificada e comprometida, pois são necessárias marcações manuais frequentes, inclusive de madrugada. “O uso do aplicativo facilitaria muito e pode representar boa economia de energia e administração de ração na quantidade adequada”, diz Moreno, explicando que a temperatura da água influencia na quantidade de ração a oferecer aos peixes e com a medição correta do oxigênio o produtor só ligará o aerador quando realmente necessário. “A ração representa 70% dos custos de criação”, informa.

O criador Marcos Takuti, da região de Cornélio Procópio, também ficou entusiasmado com o projeto TATILFish. Ele trabalha há 15 anos com piscicultura e sabe o quanto é difícil fazer o monitoramento correto da qualidade da água. “É tudo feito manualmente e ocorre de a leitura do oxímetro não ser feita no horário pré-determinado. Creio que o aparelho nos daria mais segurança”, acredita Takuti.

Ele adianta que vários criadores ficaram bastante interessados no projeto apresentado pela equipe e que estão dispostos, inclusive, a ajudar nas pesquisas de campo. “Posteriormente, queremos sim adquirir o aparelho”, adianta ele.

O engenheiro agrônomo e membro da equipe que desenvolve o TATILFish, Luiz Henrique Volso disse que foi uma surpresa a forma como o grupo de criadores recebeu o  projeto.  “Não esperávamos ter interessados tão cedo. Isso nos deu a certeza de que estamos no caminho certo e de que há mercado para nosso produto”, sintetiza.

A TATILFish e outras cinco equipes são as primeiras instaladas na Go SRP Agritech, a aceleradora da Sociedade Rural do Paraná, em parceria com Sebrae e Senai de Londrina, inaugurada em junho deste ano. Os projetos começaram a ser elaborados durante a segunda edição do Hakathon Smart Agro, realizado na 57ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, em abril deste ano.

“Estar na aceleradora é uma experiência totalmente nova e muito interessante. Temos com quem e onde tirar todas as nossas dúvidas e também acesso a uma rede de contatos que não teríamos se não estivéssemos aqui”, destaca Volso. Segundo ele, o produto deve estar pronto para comercialização em novembro.

O diretor comercial da SRP, Nivaldo Benvenho, destaca o importante papel da aceleradora. “As entidades estão oferecendo oportunidade para o desenvolvimento de projetos que podem, realmente, fazer a diferença no mercado”, comenta.

Asimp/SRP

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