Até o dia 30 de novembro, todo o rebanho de bovinos e bubalinos, inclusive bezerros recém-nascidos, devem ser imunizados contra a febre aftosa
A Administração Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, convoca os pecuaristas do município a vacinarem, até o dia 30 de novembro, todo o rebanho de bovinos e bubalinos, inclusive bezerros recém-nascidos, contra a febre aftosa. Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Tomás Falkowski, Ibiporã possui um rebanho de cerca de seis mil cabeças de bovinos.
No Paraná, a expectativa da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), órgão da Secretaria estadual da Agricultura que coordena a campanha, é vacinar 9,4 milhões de cabeças, que corresponde a 100% do rebanho no Estado. A vacinação é obrigatória por lei e corresponde ao meio mais eficaz na prevenção e erradicação da febre aftosa no Estado, doença infecciosa que provoca prejuízos econômicos ao produtor, ao município e ao Estado em função de restrições à compra de carnes no comércio internacional.
A primeira etapa da campanha ocorreu em maio, quando foi obrigatório vacinar os bovinos e búfalos com até 24 meses de idade, incluindo os bezerros recém-nascidos. O Paraná tem um importante papel na economia agropecuária do país, sendo classificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa, com vacinação. A meta do Paraná é seguir com a vacinação até o Estado ser reconhecido como área livre de febre aftosa, sem vacinação.
O produtor deve comprar a vacina nas casas agropecuárias. Ao comprá-la deve obter a Nota Fiscal de compra da vacina e o Comprovante de Vacinação. Com esta estratégia, os animais com até 24 meses são vacinados duas vezes ao ano e os acima de 24 meses, apenas uma vez. A dose é de 5 ml para todos os animais, independente do peso, tamanho e idade. O produtor deve comprovar a imunização preenchendo o comprovante, relacionando corretamente a quantidade de animais existentes e de animais vacinados, por sexo e por idade.
O procedimento pode ser feito on line, no site da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), que é o órgão fiscalizador do estado para as questões de sanidade animal - www.adapar.pr.gov.br. ou na secretaria de Agricultura, na sede da Prefeitura, até o dia 30 de novembro.
A multa para quem não vacinar e não comprovar é de R$ 799 para propriedades com até 10 animais, independente se apenas um animal não foi vacinado. Para produtores com mais de 10 animais, a multa é de R$ 79,90 por animal não vacinado ou que não tenha comprovada a vacinação. Os prejuízos da não vacinação não são apenas para o proprietário. "Se ocorrer um foco de aftosa, quem perde é o produtor, o estado e a nação, porque bloqueia todo o processo de exportação de carne. Fazendo isto naturalmente teremos uma crise muito grande no setor, então, para quem tem um animal ou um lote, a responsabilidade é a mesma", lembra Falkowski.
Febre Aftosa
Doença infecciosa aguda, causada por vírus, sendo uma das mais contagiosas que atingem os bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos. Causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas) principalmente na boca e nos cascos, dificultando a movimentação e alimentação dos animais, o que acarreta elevada e rápida perda de peso e queda na produção de leite, tendo como consequência grandes prejuízos na exploração pecuária.
Brucelose
Falkowski acrescenta que o pecuarista também deve imunizar as fêmeas bovinas ou bubalinas de três a oito meses contra a brucelose. "Quem tem bezerras nesta faixa etária é só ligar para o Antônio Carlos, do Emater (3268-2257), que ele agendará a vacinação nestas bezerras. É uma vacina que só veterinário faz e não vale a pena o produtor deixar isto de lado, porque as consequências da brucelose são sérias", orienta o secretário.
De acordo com o secretário, os prazos de vacinação e comprovação são os mesmos dos da febre aftosa. O criador que deixar de vacinar ou deixar de comunicar a vacinação até a data estabelecida pela legislação fica passível de sofrer penalidades.
Também conhecida como febre de Malta, ou febre ondulante, a brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes gêneros da bactéria Brucella, que pode afetar o ser humano.
Caroline Vicentini/NC/PMI
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