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Presente na lista de ingredientes de receitas de doces, geleias e sobremesas, o morango é uma das frutas mais apreciadas pelo consumidor brasileiro. O Paraná está entre os três maiores produtores do País, com uma produção anual estimada de 16 mil toneladas, distribuídas numa área total aproximada de 570 hectares, em 155 municípios, de acordo com o último levantamento feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento.

As regiões de Jacarezinho (no Norte do Estado) e a Região Metropolitana de Curitiba concentram mais de 50% da produção do Estado, com destaque para as cidades de Jaboti, Ibaiti, Pinhalão, Santana do Itararé, Curitiba, São José dos Pinhais e Araucária. Informações do Deral apontam que Jaboti ocupa a primeira posição na produção de morangos no Paraná, atingindo na safra passada uma colheita de 4,6 mil toneladas, o que representa 17% da produção anual da fruta.

Cultura demanda cuidados em todo o processo

Devido à alta suscetibilidade a doenças e exigência do mercado consumidor, a produção de morangos requer cuidados desde a plantação até a colheita. Para que o produtor alcance rentabilidade e o consumidor obtenha um produto seguro e de qualidade, vale destacar a importância da participação do engenheiro agrônomo na cultura da fruta. O Departamento de Fiscalização (DEFIS) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) mantém um rigoroso processo de vistoria nas propriedades rurais que cultivam o morango. Como a maioria é composta por fruticultores familiares, os agentes de fiscalização do Conselho orientam sobre a necessidade de um responsável técnico em todo o processo produtivo, principalmente no que diz respeito ao uso de agrotóxicos.

“Qualquer propriedade com produção de caráter comercial, independente das técnicas utilizadas, é fiscalizada pelo Conselho, sendo que a principal verificação se relaciona à presença de um responsável técnico pelo projeto de implantação da cultura e pela assistência técnica. As atividades técnicas desses profissionais devem ser registradas na Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)”, explica o agente de fiscalização do CREA-PR, Henrique Naoiti Hiracava.

Nas propriedades rurais da cultura de morango, o CREA-PR verifica as atividades registradas e a validade das ARTs, bem como outras atividades de Engenharia desenvolvidas como, por exemplo, a irrigação. Hiracava informa que nos últimos meses foram realizadas mais de 50 fiscalizações in loco na região de Ibaiti (segundo maior município produtor do Paraná), cujas ações prosseguem até o final do ano. “As principais irregularidades detectadas são a ausência do profissional de Engenharia com a responsabilidade técnica de acompanhar a cultura, o que se caracteriza como exercício ilegal da profissão; e a falta de ART dos serviços prestados”, informa o agente de fiscalização do DEFIS, que ressalta que os engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas e em agropecuária são habilitados para atuar nesse segmento da fruticultura.

Para ele, os produtores de morango devem estar cientes de que a atuação dos profissionais é de extrema importância em todas as fases desta cultura, com vistas ao adequado manejo do solo, otimização da produção, preservação ambiental e uso correto de agrotóxicos. “O uso exagerado e a inadequada aplicação de defensivos agrícolas contaminam o solo, lençóis freáticos e rios, prejudicando a micro fauna e micro flora da região, bem como deixam resíduos nas frutas, que afetam a saúde do consumidor e do produtor”, explica. “Neste panorama, a participação do profissional de Engenharia na cadeia produtiva do morango é fundamental para que o fruticultor alcance sustentabilidade em sua produção”, conclui.

Cristina Luchini/Asimp

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