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Consumidor deve estar atento a fraudes cada vez mais comuns; AVAL destaca diferenças de aves criadas conforme protocolos específicos para o produto autêntico e focados no bem-estar animal

No rótulo, a promessa de um produto “caipira”, com as características dos frangos e ovos produzidos de acordo com as especificações do setor que incluem a linhagem da ave, forma de criação, alimentação, manejo, tempo para abate. Mas nem sempre a promessa é cumprida e muitas vezes o consumidor brasileiro leva para casa um produto convencional, sem os atributos de frangos e ovos caipiras. De caipira, só o rótulo.

Para alertar tanto os pontos de venda como o consumidor final, a Associação Brasileira da Avicultura Alternativa (AVAL) está desencadeando uma campanha de informação para que o comprador saiba identificar os alimentos autênticos, que seguem rígidos protocolos de produção e priorizam o bem-estar animal.

As normas que regulamentam o segmento são:

- Para frango caipira norma ABNT 16.389/2015;

- Para ovos caipiras norma ABNT 16.437/2016;

Frango Caipira

Os produtos caipiras trazem no rótulo o Selo AVAL, com fiscalização dos órgãos competentes. Todo o processo de produção do frango caipira é regulado pela Norma 16.389/2015 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O propósito dos produtores alternativos é alertar para o “caipira fake”, tanto no que se refere a frangos como a ovos.  As diferenças começam na linhagem das aves, específicas para este tipo de alimento. No processo alternativo, não há confinamento em gaiolas, os frangos são livres para ciscar no campo, ao sol, se alimentam de folhas verdes e raízes e recebem ração balanceada, sem antimicrobianos.

“O modo de produção é rústico, artesanal, sem uso de antibióticos profiláticos, os chamados “melhoradores de desempenho”, afirma o paranaense Marcos Batista, presidente da AVAL. Outra diferença fundamental entre os frangos alternativos e os industriais está no tempo de abate. Enquanto o frango caipira é abatido com no mínimo 70 dias, o industrial leva, na média, entre 38 e 42 dias apenas. O que inviabiliza a produção em larga escala.

Ovo caipira

Ao contrário do que frequentemente se imagina, a cor do ovo não revela o modo de criação da galinha. A cor da casca diz respeito exclusivamente à linhagem e plumagem da ave. A gema também pode ter coloração mais intensa sem que isso signifique um alimento mais ou menos nutritivo.

Os ovos caipiras – que podem ter cascas brancas, vermelhas, creme, azuis ou coloridas – resultam de aves criadas livres de gaiolas, com acesso a piquete, e podem manifestar suas características naturais. Vale lembrar que o processo de produção é comprometido com o bem-estar animal, uma tendência crescente do mercado consumidor.

O importante sempre é que o consumidor leia atentamente o rótulo dos produtos, observando se contém o Selo AVAL e outros dados relevantes como o tipo de ovo (tamanho, branco, vermelho ou colorido, tipologia, e informações sobre sistema de criação), por exemplo. No caso do caipira, deve verificar se está escrito que foi produzido de acordo com a norma ABNT 16.437/2016.

 “Os produtores alternativos pretendem moralizar esse segmento para que o consumidor realmente leve para casa o produto prometido no rótulo, sem fraudes”, afirma Batista. A entidade conta, nesta ação, com o apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Ruth Costa Meira/Asimp/Associação Brasileira da Avicultura Alternativa (AVAL)

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