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O 2º Levantamento da Safra 2021 de café, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na terça-feira (25), traz uma expectativa de produção de 49 milhões de sacas de café beneficiado. O ciclo da cultura está em andamento, inclusive com início das operações de colheita em muitas regiões produtoras. A previsão sinaliza uma redução de 22,6% em comparação à safra passada, que teve produção de 63,08 milhões de sacas, considerada recorde dentro da série histórica do grão. A área estimada para esta produção também deve apresentar redução em relação a 2020 e atualmente está em 1,8 milhão de hectares, 3,2% menor que a temporada anterior.

Os efeitos fisiológicos observados em diversas regiões produtoras neste ciclo, bem como as condições climáticas adversas registradas em muitas localidades, influenciaram diretamente nessa perspectiva. Essa influência se deu tanto na redução do rendimento médio como na diminuição da área em produção. Geralmente esta redução já ocorre nos ciclos de bienalidade negativa devido à necessidade de tratos culturais mais intensos nas lavouras para recuperar o potencial vegetativo das plantas.

Vale lembrar que o café é uma das culturas que sofre os efeitos da bienalidade, ou seja, um ano a cultura produz um maior número de frutos, o que exige da planta mais nutrientes. Como consequência, no ano seguinte ela recompõe suas estruturas vegetais e reservas, reduzindo sua produção.

A produção do café arábica está estimada em 33,4 milhões de sacas, uma diminuição de 31,5% em comparação ao volume produzido na safra passada. Já a do conilon deve chegar a 15,4 milhões de sacas, um incremento de 7,9% em relação ao resultado obtido em 2020.

Produção regional

Em Minas Gerais a produção total de café está estimada em 23,3 milhões de sacas, uma redução de 32,6% em comparação ao volume total colhido na safra anterior. O café mais produzido no estado é o arábica, que é mais influenciado pelos efeitos da bienalidade negativa.

No Espírito Santo a estimativa de produção é de 13,63 milhões de sacas. São Paulo deve alcançar a produção de 4 milhões de sacas de café, indicando também uma redução em comparação ao resultado de 2020. Na Bahia a produção será de quase 4 milhões de sacas de café. Rondônia deverá produzir 2,2 milhões de sacas, enquanto o Paraná, 876 mil sacas de café beneficiado. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, com 235 mil sacas, Goiás, com 212 mil sacas e Mato Grosso, com 199 mil sacas.

Mercado

Em relação aos preços do café, ao final de abril, as cotações de café arábica tipo 6, bebida dura, média nacional, tiveram uma variação anual aproximada de 30% no acumulado dos últimos 12 meses. Já as cotações do café conilon tipo 7, na região sudeste, apresentaram uma variação aproximada de 30% no acumulado do período.

O aumento das exportações brasileiras de café em 2020 contribuiu para limitar a oferta interna e sustentar os preços domésticos no período. Em 2021, observa-se a continuidade do cenário de exportações aquecidas nos primeiros quatro meses, embora a queda da produção a ser colhida neste ano limite a disponibilidade de café para exportação nos meses seguintes. Especificamente sobre o âmbito externo, entre janeiro e abril de 2021, o Brasil exportou cerca de 15,8 milhões de sacas de café, o que representa um aumento de 24,3% na comparação com igual período de 2020.

Nesses primeiros quatro meses de 2021 o valor total das exportações brasileiras de café chegou a 2 bilhões de dólares, o que corresponde a um aumento de 21,4% em relação a igual período de 2020. Neste período o Brasil exportou café para mais de 120 países.

Aimp/Conab

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