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O Núcleo de Criadores de Charolês do Norte do Paraná apresenta durante a Expolondrina 2017, pela primeira fez, uma linhagem de animais da raça 100% nacional. Resultado de um trabalho de melhoramento genético, intensificado nos últimos três anos, esses animais são totalmente adaptados às condições do Brasil. Têm pelo curto, cascos menores, são um pouco mais baixos e mais precoces e não têm chifres.

“Essa é uma vantagem importante para o produtor brasileiro”, avalia Carlos Henrique da Silva, presidente do Núcleo. Até agora, a linhagem brasileira era resultante de três padrões: o Francês (animais com maior massa muscular), o Inglês (mais altos, mais compridos) e o Argentino (intermediário). No Brasil, o Charolês é muito utilizado no Centro-Oeste e Nordeste para cruzamento industrial com o Zebu.

Silva explica que todas as adaptações atendem ao perfil climático brasileiro, que é tropical, diferente do europeu e da América do Norte. O casco menor, por exemplo, reduz a incidência de frieira nos animais criados principalmente em regiões de banhado.  Outro ganho apresentado pela nova linhagem brasileira é a precocidade. Segundo Silva, já existem fêmeas de apenas 20 meses de idade com o bezerro ao pé. Isso significa que a prenhez ocorreu aos 11 meses de idade.

A eliminação do chifre é importante porque o cálcio necessário à formação desse apêndice vai todo para a constituição da estrutura óssea e para os cascos do animal. Segundo Silva, a tendência atual em todas as outras raças é eliminar o chifre, mas para algumas delas, principalmente de gado de origem indiana, esse processo é mais demorado.

Os primeiros animais começaram a chegar ao Parque Ney Braga nesta terça-feira (04/04) e o restante chega na quarta-feira (05/04). Os animais ficarão expostos e o julgamento da raça será realizado no sábado (08/04) de manhã e à tarde, na Pista Central A. A premiação dos vencedores está marcada para o domingo à tarde, na Casa do Charolês, no Parque Ney Braga.

Diferente do que muitos imaginam, segundo Carlos Henrique da Silva, os negócios com animais de corte não pararam em razão da Operação Carne Fraca. “O mercado está aquecido”, resume. A expectativa era de que as negociações fossem recuar, mas, segundo ele, isso não ocorreu. Há muitos negócios sendo fechados agora para a entrega de jovens touros reprodutores apenas em outubro, época de monta da raça”, informa.  

Origem

A raça é originária da França – usada para carne e animal de tração. Por ser musculoso, com pouca gordura, o Charolês logo começou a ser utilizado para seleção. No Brasil, o Charolês chegou ao Rio Grande do Sul em 1885. A raça cresceu tanto no RS, que o estado tem hoje o maior rebanho de Charolês do mundo.

Atualmente, o rebanho Charolês no País está estimado em 100 mil animais PC e 50 mil PO. Suas principais características são a pelagem branca, grande porte, tanto na altura como no comprimento.

O Charolês ainda se destaca por sua estrutura óssea e musculatura, excelente rendimento de carcaça e precocidade nos cruzamentos e nos abates. No Brasil, a raça é destinada 100% à produção de carne.

ASCOM/EXPO

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