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Praga causa prejuízo na ordem de US$ 120 milhões ao ano

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) anunciou ontem (8), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), investimento de R$ 128 milhões até 2018 para o Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas. A praga, uma das mais relevantes da fruticultura brasileira, causa prejuízo de cerca de US$ 120 milhões ao ano, entre perdas de produção, custos de controle, processamento e comercialização.

O programa será apresentado aos produtores do Vale do São Francisco pela ministra nesta quarta-feira (9), em Petrolina (PE).

As principais espécies da mosca-das-frutas no Brasil estão nos estados de Roraima, Pará e Amapá, no Vale do São Francisco e na região sul, com prevalência da mosca-do-mediterrâneo (Ceratitis capitata, que ataca principalmente acerola, manga, goiaba, uva e citros), Anastrepha obliqua (manga, cajá-manga e mamão), Anastrepha fraterculus (maçã, pêssego, mamão, citros, pera, goiaba) e Anastrepha grandis (melão, melancia, abóbora). Além dessas, uma quinta espécie ocorre em algumas regiões do Brasil e está em processo de erradicação, a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), que, além da carambola, ataca mais de 50 plantas.

O investimento direto do Mapa será de R$ 10 milhões ao ano para implementação de sistemas de mitigação de risco, certificação e programas de erradicação, além de R$ 6 milhões anuais para o subprograma de erradicação da mosca-da-carambola. O ministério ainda repassará por meio de convênio com estados mais de R$ 20 milhões entre 2015 e 2016. Já a iniciativa privada vai cooperar com R$6 milhões por ano, por meio da Abrafrutas. O investimento total somará R$ 128 milhões até 2018.

Kátia Abreu destacou que as moscas-das-frutas não trazem prejuízos à saúde humana, mas sim ao preço do produto. “Se um produtor produz 100 quilos e perde 30 com essa praga, ele vai ter que vender mais caro para pagar seus custos”, explicou. “Já para exportação, os produtos não são aceitos por receio de as moscas invadirem os pomares de outros países. Temos que combater a praga para elevarmos o consumo interno e exportamos esses produtos mundo afora”, completou.

Metas
A erradicação da mosca-da-carambola se dará por meio de parceria entre o Mapa, as agências de defesa agropecuária estaduais e o setor privado. O programa visa a estabelecer uma política internacional de monitoramente e controle da praga na Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela e Trinidad e Tobago e incluir vigilância permanente nos portos e aeroportos das regiões indenes a fim de gerenciar o risco de dispersão.

O ministério ainda pretende suprimir a população da mosca-do-mediterrâneo, viabilizando o controle biológico da praga em área ampla. Entre as metas do programa, também está reconhecer a região acima do paralelo 13º como livre do gênero Anastrepha grandis - ampliando áreas com sistemas de mitigação de risco – e controlar a mosca-das-frutas no Vale do São Francisco.

Ações de defesa vegetal
O Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas estabelece uma série de ações na área de defesa vegetal:
- vigilância fitossanitária por meio de levantamento e monitoramento de pragas
- prevenção contra a entrada de novas espécies de moscas-das-frutas no Brasil
- controle de espécies com maior potencial de dano econômico
- erradicação da mosca-da-carambola
- estabelecimento e manutenção de Áreas Livres de Pragas
- implementação do conceito de Áreas de Baixa Prevalência para as moscas-das-frutas
- instalação de áreas de proteção fitossanitária
- aplicação da pesquisa agropecuária no controle das moscas-das-frutas, dando ao produtor acesso a tecnologias de prevenção.

Asimp/MAPA

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