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O governador Beto Richa participou nesta sexta-feira (15), na fazenda Esteirinha, em Goioerê, no Centro-Oeste, da abertura nacional do plantio da soja. O evento tradicional é do projeto Soja Brasil e marca simbolicamente o início da nova safra 2017/2018. Richa comandou uma das máquinas e fez o plantio das primeiras sementes do Estado.

O Paraná é o segundo maior produtor e a estimativa é que a área de plantio seja ampliada em 3% nesta safra, passando de 5,2 milhões de hectares para 5,4 milhões de hectares. “O Paraná é o Estado com maior produtividade de soja do Brasil", destacou Richa. "É uma honra que o início oficial do plantio ocorra em território paranaense", completou.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a soja é o principal ativo da economia nacional e paranaense, representando 22% de tudo que o Estado produz. “Ela tem o valor de encorpar a cadeia produtiva paranaense”, disse Ortigara.

Organizada pela Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja) Brasil, Aprosoja Paraná e Canal Rural, abertura nacional do plantio de soja reuniu especialistas de diversos segmentos e mais de 500 produtores do Paraná e de outros estados.

No evento são realizadas palestras, mesas redondas e debates sobre as perspectivas da colheita, calendário da soja, clima e política agrícola nacional com técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Somar Meteorologia, Embrapa, Projeto Soja Brasil e especialistas do Canal Rural.

“A intenção do evento é levar capacitação e informação técnica ao produtor para que possamos aumentar a produtividade, ter um grão mais saudável e abrir novos mercados”, explicou o presidente da Aprosoja Paraná, José Eduardo Sismeiro.

O Paraná foi escolhido para receber o evento pela sua expressividade produtiva, de acordo com o presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa. “É um estado importante no cenário nacional e tem uma grande representatividade no PIB do Brasil”, declarou Rosa. “Aqui o produtor utiliza muito bem a tecnologia, tem um misto de produtores de vários portes, o que representa bem a qualidade agrícola do Brasil”, acrescentou.

EMPREGO E RENDA - O governador Beto Richa afirmou que a agricultura contribui com a balança comercial brasileira e é responsável pelo bom desempenho da economia do Estado. “A agricultura gera empregos e riquezas e foi essencial para amenizar os efeitos nocivos da gravíssima crise nacional este ano”, disse Richa. Ele afirmou que o governo oferece programas de fortalecimento rural e que tem articulado junto ao governo federal para garantir o preço mínimo, seguro agrícola e financiamento das produções. “Temos trabalhado fortemente para que a agricultura cresça cada vez mais no Paraná, porque isso se traduz em mais renda às famílias e fortalecimento da economia”, declarou.

TECNOLOGIA - A Fazenda Esteirinha é uma das que utilizam a agricultura de precisão, aliada aos sistemas de plantio direto, sistema de RPK e taxa variável. “Buscamos inovar para aumentar a produtividade. Procuramos incorporar o que há de mais moderno no mercado do Brasil e do mundo”, disse o produtor e proprietário da fazenda, Eduardo Costa Cassiano. “É uma satisfação receber este evento, que mostra a importância da região no cenário nacional de soja”, disse ele. A fazenda, de 2 mil hectares, produziu na última safra 7,2 sacas de soja por hectare e a expectativa do proprietário é atingir a mesma marca neste ano.

PROJEÇÃO - Apesar da ampliação da área, a projeção de produção na safra 2017/2018 em condições normais de clima é de 19,5 milhões de toneladas - 2% menor que na safra 2016/17, que teve desempenho acima da média. “Esperamos que o resultado seja tão satisfatório quanto em 2016/2017 pois o Paraná tem espaço para que, com tecnologia e a colaboração do clima, a supersafra se torne habitual”, afirmou o diretor do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura, Francisco Simione.

VAZIO SANITÁRIO - O plantio da soja no Paraná foi liberado no dia 11 de setembro, quando encerrou o vazio sanitário estabelecido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). O período de 90 dias sem o cultivo do grão ou da planta viva foi adotado para proteger a lavoura da ferrugem asiática, fungo que pode provocar perdas de 100% da produção. A partir de agora os produtores já podem iniciar o plantio das lavouras, que segue até 31 de dezembro, período chamado de calendarização do plantio.

AEN

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