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Com a presença de cerca de 1500 agropecuaristas de todo o Estado, a Assembleia Legislativa realizou ontem, 28, uma audiência pública para discutir o status do Paraná livre da febre aftosa sem vacinação.

Proposta pelo deputado Anibelli Neto, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, a audiência pública contou com a participação de lideranças empresarias e de trabalhadores do setor agropecuário; do secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, e do chefe da Casa civil, Guto Silva, que representou no ato o governador Ratinho Júnior, e deputados estaduais.

Com apenas uma exceção, todos os que participaram da audiência pública defenderam que o Paraná seja declarado território livre da febre aftosa sem vacinação.

Os oradores destacaram que esta é uma luta de 15 anos; que o Paraná fez “seu dever de casa” para chegar a este status com os olhos voltados para o mercado internacional.

O deputado Anibelli Neto destacou que este é “um dia importante para o Paraná, que traz orgulho ao setor agropecuário”. O Paraná avança com segurança, afirmou Anibelli, que tem certeza que “este ato representa para a economia do Estado muito mais do que atrair 20, 30 empresas com isenção de ICMS”.

Luta de 15 anos

Os trabalhos da audiência pública foram abertos pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano. Segundo ele, para o Poder Legislativo, este é “um marco histórico” na história da Casa já que contou com a participação de 1500 agropecuaristas de todo o Estado.

Assim, como os demais oradores, Traiano destacou que esta é uma luta de 15 anos e, para ele, “ver o Paraná livre da febre aftosa sem vacinação significa um ato de liberdade”.

“Estamos desfraldando a bandeira da liberdade econômica”, disse o presidente da Assembleia.

Sem foco

Coube ao gerente de Saúde Animal da Adapar – Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Rafael Gonçalves, fazer uma explanação técnica sobre a questão.

Segundo ele, o último foco registrado no Estado foi em 2005/2006.  São 13 anos sem notificação da doença, o que significa que, ao vacinar o rebanho, o Paraná deixa de ganhar porque não consegue acessar os melhores mercados internacionais.

Mercado Internacional

Diretor-presidente do Sistema Cooperativo Frimesa, Elias Zydek, afirmou que para o Paraná melhorar sua posição no exterior deve atender as exigências do mercado internacional. “Não podemos perder a oportunidade. Estamos nesta luta há 15 anos. Temos que fazer o dever de casa e essas epidemias (aftosa, peste suína, gripe aviária) são limitadores de mercado”.

Para Zydek, a agropecuária do Paraná terá uma nova fase – antes e depois de conquistar o status de sanidade. “Unidos nós podemos conquistar o mundo”, conclamou.

Novos mercados

Muitos oradores destacaram que o Paraná irá conquistar novos mercados internacionais com o status de território livre da febre aftosa sem vacinação. Entre eles o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, e o presidente da Faep, Ágide Meneguette, que destacou o iminente acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que pode abrir um mercado de 500 milhões de consumidores.

Isso sem contar que irá aumentar a geração de renda para nossos agricultores, disse o dirigente. “Um levantamento recente sobre geração de renda mostrou que 50% vem da agricultura e da agropecuária. Quem carrega este Estado são os produtores rurais”, afirmou.

Médicos e Técnicos

O secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, que fez um relato dos esforços do governo do Estado para que o Paraná seja declarado área livre da febre aftosa sem vacinação, anunciou ao final da audiência pública que o governador Ratinho Júnior autorizou a realização de concurso público para contratação de 30 médicos veterinários e 50 técnicos agrícolas para fazer o trabalho de fiscalização.

Willian Lima/Asimp

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