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Entre as metas está a de ampliar o consumo interno, além de focar em mercados internacionais como o da Índia, cuja demanda tem sido crescente

Foi lançado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ontem  (20), o Plano Nacional para o Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Feijão e Pulses. O ministro Blairo Maggi assinou portaria que define o plano e cria comitê gestor para fomentar a atividade. Maggi destacou que, para aumentar a participação no mercado internacional do agronegócio, o país precisa diversificar as culturas, além da soja e do milho, investindo, por exemplo, na produção de feijões, leguminosas e frutas (que também já têm um plano em curso).

A iniciativa é resultado de parceria do ministério e das entidades do setor liderado pelo Conselho Brasileiro do Feijão e Pulses (CBFP) e pelo Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE). Entre as metas do plano está a de ampliar em 5 quilos per capita ano o consumo de feijão no país; elevar a exportação em 500 mil toneladas anuais até 2028 de feijões e pulses (lentilha, grão de bico e ervilha) e incrementar em 20% a produção de variedades diversificadas de pulses, para abastecimento dos mercados interno e externo.

O Plano nasceu a partir da detecção da demanda crescente da Ásia por grãos secos, na viagem do ministro Blairo Maggi aquele continente em 2016. Os principais desafios à implementação são aumentar a capacidade de armazenagem; compensar a oscilação de preços, reforçar a sanidade vegetal; estimular o processamento e a industrialização para agregar valor aos produtos e; maior assistência técnica e extensão rural (ATER) pois a maioria dos produtores são de pequeno e médio porte.

A previsão de aumento das exportações, segundo o ministro é, especialmente, de produtos como grão de bico e ervilhas. "O Brasil tem uma grande oportunidade de fornecer a outros países, principalmente à Índia, onde estimam uma demanda em torno de 30 milhões de toneladas nos próximos 20, 30 anos. Isso significa uma área em torno de 10 milhões de hectares semeados. É renda para o produtor e um caminho para diversificar a produção".

A Índia está tendo um crescimento econômico muito grande, e população superior a 1 bilhão de pessoas, com renda melhorando e é um país basicamente em que não se come carne. São vegetarianos e, daí, então, o interesse que têm nesses produtos e a oportunidade que queremos aproveitar”.

Eumar Novacki, secretário-executivo do Mapa, destacou a parceria com a iniciativa privada e o trabalho desenvolvido pelo ministério para que o setor deslanche como o Agro+ lançado em 2016 e que acabou com cerca de 840 problemas que os produtores enfrentavam, entre medidos burocráticas e d eprocedimentos.

Cenário

A produção e o consumo de feijão no Brasil seguem estáveis há mais de 10 anos. Em 2011/12 a produção do grão era de 2,9 milhões de toneladas e na safra passada o volume era de 3,3 milhões de toneladas. A exportação de feijões somava 36.164 toneladas em 2012, e, no ano passado chegou a 106.330 t .

Um dos principais motivos da exportação quase simbólica de feijão, comparada aos outros grãos, é que a produção se concentra basicamente no feijão carioca, variedade que não encontra muita demanda no exterior. Até pouco tempo, o Brasil também tinha uma produção muito pequena de pulses.

Em contrapartida, há um mercado externo com demanda crescente por grãos secos, principalmente em países de maioria vegetariana, como a Índia. Da análise desse contexto, foi percebida oportunidade para o Brasil ampliar ainda mais sua carta de produtos para exportação.

Asimp/Mapa

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