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A ministra criticou notícias que colocam o alimento brasileiro como inseguro e destacou que o uso sustentável de recursos naturais no país deve ser reconhecido

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) criticou ONTEM (5) a comunicação negativa nos últimos dias sobre a produção de alimentos no país. Segundo a ministra, todas as medidas adotadas pelo ministério têm o objetivo de melhorar o país.

“É inadmissível que o agronegócio brasileiro tenha tido nessa última semana um bombardeio pela mídia nacional, colocando o alimento produzido no Brasil como inseguro, o que não é verdade", afirmou ao participar da abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo. “Quero dizer a vocês que eu tenho convicção de que nós estamos fazendo o melhor para o nosso país”, destacou. O congresso é promovido pela Abag – Associação Brasileira do Agronegócio e B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, com o tema Agro: Momento Decisivo.

Em relação ao registro de defensivos agrícolas, Tereza Cristina afirmou que o fato de “a fila de registros (de defensivos) andar mais rápido traz tecnologia e segurança. E não o atraso, como querem colocar a pecha no agronegócio brasileiro. Nossos concorrentes devem estar adorando a situação", declarou.

O aumento da velocidade dos registros se deve a ganhos de eficiência possibilitados por medidas desburocratizantes implementadas no Mapa, Anvisa e Ibama nos últimos anos. O objetivo de fazer a fila andar é justamente aprovar novas moléculas, menos tóxicas e que causem menos impacto ao meio ambiente, e oferecer alternativas melhores aos produtos mais antigos.

Demanda por alimentos

O desafio de aumentar a produção de alimentos para atender a demanda crescente de alimentos no mundo foi abordado por Tereza Cristina. “Em dez anos, a demanda aumentará 35%. A população mundial prevista para 2030 é de 8,5 bilhões de pessoas”. Ao mesmo tempo, observou “é previsto aumento da urbanização, da longevidade e melhoria de renda. A agricultura deve responder a novos desafios”.

Destacou a necessidade de o país se preparar para antecipar e modelar futuros possíveis para o agro brasileiro e mundial. Tratou sobre o acordo Mercosul – União Europeia, que segundo a ministra, “abre um vasto conjunto de oportunidades para as cadeias produtivas”. "Não podemos perder a oportunidade de não perder esta oportunidade", disse.

Segundo a ministra, Estados Unidos e China seguirão como protagonistas e forças globais predominantes em 2030, a economia japonesa enfrentará grandes desafios, sobretudo devido a fortes pressões demográficas. E que, a Índia, em função de questões geopolíticas e domésticas, terá dificuldades de se colocar como potência mundial. “Enquanto isso, o Brasil ampliará sua capacidade de produzir com competitividade e, sobretudo, com sustentabilidade”.

A ministra tratou de sustentabilidade e disse que "ninguém é mais sustentável que o Brasil" e que o Mapa "trabalha para que o tema ambiental abra e não reduza mercados ao Brasil".

“Cultivamos apenas 7,8% do território, conforme estudo da Embrapa, confirmado pela Nasa. Cerca de 30% do território nacional são unidades de conservação e terras indígenas. O último relatório da ONU sobre áreas protegidas do mundo afirma: o Brasil é que tem a maior área protegida do planeta. Essas realidades fazem parte de nossa sustentabilidade, precisam ser conhecidas e reconhecidas aqui e no exterior”, afirmou. A expansão de área de produção, daqui para a frente, explicou a ministra, se dará pelo avanço das lavouras de grãos sobre pastagens degradadas.

Uso de tecnologia

Tereza Cristina disse que a competitividade dependerá de técnicas de edição genômica (New Breeding Technologies – NBT), da bioeconomia (uso intensivo de bioinsumos, química verde, fármacos e compostos bioativos, derivação da biomassa), do uso sustentável dos recursos naturais, da redução do desperdício de alimentos, da gestão de risco climático e da capacidade de agregar valor à produção.

Ela afirmou ainda que o avanço da agricultura digital, com o uso de sensores, drones, internet das coisas, inteligência artificial, análise de dados e o estudo e conhecimento aprofundado dos microbiomas, agricultura de precisão e a convergência tecnológica (bio, nano e geotecnologias).

“O aumento do número e o crescimento em participação no setor agrícola das chamadas agritechs (startups ligadas ao agro) está ampliando a competitividade, a sustentabilidade e a produtividade no campo”. E adiantou que a transformação digital movimentará US$ 90 bilhões em 2030, seguindo uma tendência de crescimento de 16% ao ano.

“Com tecnologias de ponta e tendo a sustentabilidade como pano de fundo, acredito que o Brasil será o maior, o mais competitivo e o mais sustentável produtor de alimentos do mundo em 2030”, disse.

Acompanharam a ministra o secretário-executivo Marcos Montes e o secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio Marques.

Asimp/Mapa

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