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Por conta da forte seca durante o ciclo de desenvolvimento das lavouras, as três regiões deverão registrar as mais baixas produtividades dos últimos anos

Os técnicos do Rally da Safra vão a campo nesta segunda-feira, dia 14 de junho, para percorrer dois importantes polos produtores de milho segunda safra severamente afetados pela seca durante o ciclo de produção. As equipes 25 e 26 visitarão as principais regiões de produção localizadas no Sul do Mato Grosso do Sul (MS), Oeste e Norte do Paraná (PR). No MS, os técnicos passarão por Dourados, Rio Brilhante, Naviraí, Sidrolândia, Maracaju, entre outros. Já no Paraná, irão percorrer lavouras em Toledo, Cascavel, Assis Chateaubriand, Ubiratã, Goioerê, Campo Mourão e Maringá.  As duas equipes encerram a etapa em Maringá (PR), no dia 19 de junho.

O Rally da Safra já avaliou lavouras de milho segunda safra nas regiões Médio-Norte, Oeste e Sudeste do Mato Grosso, Sudoeste de Goiás e Norte do Mato Grosso do Sul. “O cenário que vimos até agora foi ruim e devemos entrar na próxima semana numa região bastante castigada pela seca. É possível que encontremos condições piores do que projetamos anteriormente nesses dois próximos trechos”, explica André Debastiani, coordenador da expedição.

Por conta do alongamento do ciclo da soja, quase 80% do plantio do milho segunda safra realizado no Mato Grosso do Sul e no Paraná ocorreu em março, fora da janela ideal de plantio. Além da semeadura mais tardia, em comparação com os anos anteriores, essas regiões registraram volumes de chuvas inferiores à média histórica durante o desenvolvimento das lavouras.

No Mato Grosso do Sul, a falta de umidade no solo impactou a produtividade das lavouras localizadas principalmente no Sul do Estado. As estimativas pré-largada desta etapa do Rally da Safra apontavam queda de 26% de produtividade no Mato Grosso do Sul, com média de 62 sacas por hectare.

Já o Paraná é uma das regiões mais prejudicadas com a seca. O Estado começa agora a colheita - a maior parte das lavouras ainda segue no campo finalizando o ciclo. “Um dos desafios a serem encontrados pelas equipes de campo será estimar o percentual de lavouras que não serão colhidas em função das condições extremas”, afirma Debastiani.  A estimativa pré-largada de milho segunda safra do Rally apontava queda de 29% de produtividade nas lavouras do Paraná, com média de 60 sacas por hectare.

A Agroconsult, organizadora da expedição, estima produção nacional de 66,2 milhões de toneladas, em uma área plantada de 14,4 milhões de hectares, com produtividade média de 73,4 sacas por hectare, 19,6% inferior à da temporada 2019/20.

Nas avaliações das lavouras do milho segunda safra, os técnicos vão apurar informações como rendimento das primeiras áreas, capacidade de recuperação das lavouras afetadas pela seca, impacto da seca na formação das espigas, condição climática durante a colheita, manejo de pragas e doenças e nível de tecnologia utilizado no milho segunda safra.

O Rally da Safra 2021 chega à 18ª edição com patrocínio do Banco Santander, Phosagro, FMC e Rumo, e o apoio da Plant UP, Unidas Agro, FIESP e Universidade Federal de Mato Grosso.

O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição poderão ser acompanhados pelo http://bit.ly/RallyRedesSociais

Carol Silveira/Asimp

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