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O ano de 2020 está acabando, finalmente. Que venha 2021, que seja um ano melhor, já que a vacina contra a covid 19 já está sendo aplicada em vários países, embora o Brasil esteja no final da fila, pois o Ministério da Saúde – leia-se Bolsonaro – não negociou uma cesta de vacinas em tempo hábil, menosprezando a doença desde o início.

Mas que venha a vacina, que venha 2021. Passamos o Natal, um Natal diferente como não imaginávamos ter, mas sobrevivemos. O Natal deste 2020 foi diferente porque havia um protocolo de proteção, devido a segunda onda da pandemia, devido ao aumento dos números da pandemia no Brasil, e muita gente não cumpriu as restrições para nos resguardarmos, para evitar o aumento do contáoio, como usar máscara, manter a distância fisica, não fazer aglomerações. O que se vê são praias cheias, festas com milhares de pessoas, desrespeito total à vida.

Então eu quero um 2021 melhor, que 2020 foi o ano mais terrível das nossas vidas, mas tenho muito receio desse início de ano. Se o descaso com o coronavírus está sendo flagrande, neste final de ano, desde o Natal – o que provavelmente se repeitrá nas festas de ano novo – como serão os números da pandemia daqui a duas, três semanas? Como estará a disponibilidade de leitos e de UTIs nos hospitais brasileiros?

A indisponibilidade dos hospitais nas grandes cidades – falta de leitos, de UTIs, de médicos, de enfermeiros, etc. – já era grande antes das festas de final de ano, com a chegada do verão. Como será agora? Como ficarão os hospitais? Já havia gente morrendo nas portas de hospitais, esperando um leito. Com esse estouro de descaso, de banalização da doença, como tudo ficará?

Os números estourarão também, as mortes ultrapassarão, de novo, os quatro dígitos. Os testes ficarão aquém do que é necessário, como até aqui, e mesmo assim os novos casos confirmados poderão bater recordes, novamente. E as vacinas estão com a chegada indefinida, em nosso país, por causa de um ministério da saúde inexistente, que na verdade se resume a um presidente fora da casinha que não quer saber de vacina, nem de pandemia. Ele minimiza a covid 19 desde o início da pandemia e ignora a vacina, inclusive fazendo campanha contra ela, induzindo as pessoas a não tomarem. Não é um bom prenúncio para 2021.

Mas vamos torcer para que a vacina venha, para que as pessoas tomem, para que tenhamos a imunização necessária, nem que seja lá pelo segundo semestre de 2021, para que possamos viver novamente. Precisamos poder abraçar, beijar, estar juntos, neste 2021. Como já disse em outra crônica, 2021 tem que ser o ano do abraço. Então vamos tomar a vacina, minha gente querida, para termos um 2021 melhor. E vamos nos cuidar, até que os 75% da população esteja vacinado – com as duas doses – pois só então poderemos abrir a guarda.

Feliz 2021 para todos.  Vamos fazer um 2021 feliz. Independente de presidantas, ministrantas, etc. Depende de nós. De todos nós.

Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 40 anos em 2020. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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