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A simples tramitação e aprovação da reforma da Previdência, pela Câmara dos Deputados, e as possibilidades de outras correções de curso na economia, já repercutem. O fechamento do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre do ano avançou 0,4%, o dobro da recuperação prevista pelos economistas, num momento em que Estados Unidos e outras potencias são ameaçados a recessão e países importantes, como a Argentina, já recorrem à moratória. É mais, uma vez, a demonstração de que este país é um lugar onde em se plantando dá, como já disse Vaz de Caminha, na primeira carta. O fim de parte do empreguismo militante e oportunista determinado  pela reforma ainda do governo Temer – que acabou com o grosso das ações trabalhistas mentirosas e retirou dos sindicatos a renda sem produção – soa como um alento ao investidor cujo capital pode criar os empregos que nossos trabalhadores necessitam. O aceno a juros menores, baixa nos preços de energia e combustíveis e a reorganização do Estado, propostos pelo ministro Paulo Guedes, apontam positivamente ao empresário que quer trabalhar, produzir e lucrar, seja ele brasileiro ou estrangeiro.

Os analistas econômicos destacam que a nova realidade do PIB vem do mercado da construção civil, que volta a crescer depois de cinco anos em queda. Embora ainda distante do nível anterior à crise, o 0,4% de aumento retira o país da direção da recessão técnica. Não é exagerado pensar que muito em breve voltaremos a abrir o jornal e encontrar os anúncios de lançamento de novos empreendimentos imobiliários. É bem verdade que, para isso ocorrer e ser duradouro, é preciso oferecer crédito e meios de renda à população-alvo dessa produção. O quadro aponta a necessidade do governo e também o Congresso Nacional apressarem as medidas de restabelecimento e econômico em vez de se ocuparem da improdutiva contenda político-ideológica. Se o país voltar a produzir e crescer, será bom para todos, independente de  preferências político-eleitorais. Tudo o que se discute hoje em dia, passará a ser secundário, pois o pão estará garantido.

Acabar com a corrupção é importante. O Executivo deu um grande passo ao montar o governo sem o maldito toma-lá-dá-cá da nefasta barganha de postos governamentais por votos parlamentares. Cabe à Justiça apura os atos de corrupção e crimes que levaram o país à crise (e também outros que possam ser ainda agora cometidos). Executivo e Legislativo devem optar pelas reformas e reaquecimento da economia. Só isso será capaz de oferecer melhor condição de vida à população. Chega de contenda e troca de farpas. Em vez de cuidar do passado, temos de aproveitar o presente para construir o futuro...

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) - aspomilpm@terra.com.br 

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