Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Voltamos a mais de mil mortes diárias registradas como decorrentes da Covid-19. Sem qualquer outra discussão, apenas isso já é motivo para a população tomar a única providência ao seu alcance. Usar máscara, evitar aglomerações, manter a distância mínima de um metro e meio entre as pessoas e evitar locais favoráveis à proliferação do vírus. Enquanto isso, os governos têm o dever de providenciar a vacina que imunize o povo e possa levar à extinção da pandemia. Mas todos os que detém o poder deveriam se resguardar de polêmicas e atitudes midiáticas. O Supremo Tribunal Federal, por exemplo, em vez de facultar a estados e municípios o meio de comprar vacinas sem o laudo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), deveria pressionar por celeridade no trabalho da agência. Até porque a Anvisa é órgão  garantidor da sanidade dos produtos. Sem essa garantia, muitos poderão ter medo de se vacinar. 

Quanto mais disputas e incompreensões se estabelecer dentro do quadro pandêmico, mais difícil será debelar o mal e libertar a população. Não devem se esquecer as autoridades – executivas, legislativas e judiciárias – que além de investidas em seus postos, também são cidadãos e, como tal, expostas ao mal que atinge a toda a população. Em vez de polemizar e aproveitar as oportunidades para auferir protagonismo, melhor seria todos se unirem no trabalho de conscientização da população quanto à necessidade de tomar o imunizante. Todo radicalismo nesse momento só pode prejudicar e resultar num maior número de adoecidos e mortos. Isso sem falar que enquanto estivermos em pandemia, outras moléstias igualmente graves e endêmicas no país – como o câncer, por exemplo – vêm tendo o tratamento negligenciado conforme noticiam os especialistas e operadores do sistema de saúde.

A pandemia é uma guerra que temos de enfrentar unidos e com providências para que termine o mais rápido possível. Tudo o que traga ruído e inconformidade à execução do combate deve ser evitado em respeito aos milhares de acometidos e mortos pelo mal e àqueles que ainda poderão ser infectados e perder suas vidas. É o momento de termos equilíbrio social para evitar danos maiores do que aqueles já consolidados. Aproveitar o que já se conhece sobre a ação da Covid 19 e adotar as melhores providências para evitar que o mal continue se alastrando e, ao mesmo tempo, não precisar recorrer ao “fecha tudo”, que não é a solução.

Por fim, é necessário que se encontre o ponto de equilíbrio. As escolas não podem continuar fechadas indefinidamente (e as publicas pagando salários a professores que não trabalham) e nem as particulares cobrando mensalidades ou anuidades relativas a aulas que não ministram. A Saúde Pública tem de reunir condições de absorver todos os que vierem a contrair o vírus sem que isso inviabilize o tratamento das outras moléstias, que continuam existindo e ativas. No aumento das infecções do coronavírus, todos os hospitais de campanha que foram desativados quando os casos baixaram, já deveriam estar realocados, mas ainda não estão. É preciso trabalhar de forma coordenada e colaborativa. Sem disputas e busca de lucros que não sejam o de ver a população sadia e livre da tormenta que a atinge desde o começo do ano...

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) - aspomilpm@terra.com.br 

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.