Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Ao pensarmos nos campos da educação e da comunicação nos remetemos a um leque de teorias que envolvem profissionais e estudiosos dessas duas grandes e significativas áreas de conhecimento. Em ambas, a estrutura dialógica, bem como a leitura de mundo, incorpora a linguagem e o diálogo tanto para a formação pessoal e social dos sujeitos quanto para a utilização das diversas mídias como recursos didático-pedagógicos em sala de aula e na exploração dos espaços escolares.

A educomunicação não se restringe apenas ao ato de possibilitar que educandos e educadores tenham contato com alguma mídia no ambiente escolar, mas sim, propicia o educomunicar – termo referente à didática contínua que ultrapassa a leitura da palavra e contempla a complexa leitura do cotidiano e do mundo, como defendia Paulo Freire (1986).

Para Soares, Educomunicação é essencialmente práxis social, originando um paradigma orientador da gestão de ações e sociedade. Não pode ser reduzida a uma parte da didática, confundida com mera aplicação das tecnologias da informação e da comunicação no ensino. Nem mesmo ser identificada com alguma das áreas de atuação do próprio campo, como a educação para e com a comunicação. (SOARES, 2011, p. 13-14)

A utilização da mídia no âmbito educacional não desenvolve no aprendiz o sentido de opressão e alienação, posto que exige do educador a condução de seu trabalho para além da leitura apenas como aquisição, codificação e decodificação, bem como do simples ato de escuta ou de visualização dos meios midiáticos. Ao contrário, é essencial o debate, o questionamento e a formação de ideias e opiniões entre quem educa e aquele que aprende.

Dentro deste contexto educomunicativo envolvendo a formação social, formulam-se questões que permeiam o dia a dia escolar, sobretudo as que se referem às práticas de leitura crítica no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, o qual possui especificidades semânticas da alfabetização.

Nesse ciclo, uma mídia que potencialmente contribui com a formação do sujeito concebido por Freire e Martin-Barbero – cidadão capaz de visualizar seus direitos, consciente e apto a interagir na sociedade em que está inserido – é o jornal, posto que contribui com a articulação de ideias, com a observância de direitos a que o sujeito faz jus e com a habilidade de comunicação social. O jornal também pode ser utilizado em benefício da apreensão do conhecimento tanto formal quanto de mundo.

Kellin Inocêncio é professora do curso de Pedagogia nas modalidades Presencial e à Distância do Centro Universitário Internacional Uninter.

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.