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Apesar dos alarmistas imobilistas continuarem vociferando sobre os riscos da Covid 19, os números demonstram que nos encontramos na fase descendente da pandemia. A média diária de mortos em território brasileiro, que chegou aos 1664 (em 29/07), já é inferior aos mil e assim vem se mantendo. Há quem diga que o pico ocorreu em maio e que de lá para cá vivemos o viés de baixa e, portanto, não havia motivos para tantas restrições como as impostas às populações nos últimos tempos. Respeitados infectologistas sem interesse em votos advertiam desde o começo que não havia razão para o isolamento horizontal, que pára tudo e leva à crise econômica por falta de produção. Mas os responsáveis pelo setor optaram por isolar a população, temerosos da possibilidade de não haver vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) se muitos adoecidos desenvolvessem a síndrome pulmonar e precisassem de respiração assistida. Montou-se hospitais de campanha que nem foram utilizados e por isso são desmontados.

Diante de tanta informação desencontrada – e politizada – a população, mesmo tensa e amedrontada, não confia naquilo que ouve. Tanto que ocorrem aglomerações, rejeição ao uso de máscaras e de outros procedimentos profiláticos estabelecidos. As mortes que hoje ocorrem são tributadas à infecção inicial e sequência do tratamento, que é prolongado, especialmente quando o paciente chega ao estado grave. Não deveriam as autoridades abusar da sinistrose – que leva ao descrédito – e nem a população desacreditar nos riscos a ponto de rejeitar medidas básicas.

Ninguém ainda é capaz de afirmar com segurança que os isolamentos e outras restrições realmente impediram a morte de mais brasileiros pela Covid 19. Há partes do mundo – a rica Nova York, por exemplo - onde as pessoas foram infestadas dentro de casa, em pleno isolamento. Só o tempo e o fim do período eleitoral serão capazes de trazer luzes ao que realmente ocorreu. Até passarem as eleições municipais teremos todas as razões para duvidar do que dizem, principalmente os prefeitos que, mesmo tendo imposto restrições ao povo, ainda se sentem em condições de tentar a reeleição. O resultado das urnas será um indicativo da credibilidade que conquistaram (ou perderam) mandando fechar estabelecimentos, impedindo a circulação e até aplicando multas e outras punições.

O certo é que, de uma população estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 212 milhões de habitantes, temos 3.669.995 casos confirmados, 2.848.395 curados, 705.030 em acompanhamento e 116.580 óbitos. Irreversíveis só os mortos. Os demais seguem a vida tendo de enfrentar os reflexos econômicos e sociais da pandemia. É bom todos os brasileiros se acautelarem para evitar as possibilidades de volta da transmissão do vírus em larga escala. Os governantes e especialmente as autoridades da Saúde devem, nesse momento, adotar providências para que a infraestrutura montada para enfrentar a Covid 19 seja aproveitada e melhore as condições de atendimento médico-hospitalar da população. Afinal, todos devem estar lembrados que, já antes da pandemia, muitos patrícios nossos já morriam em corredores e portas de hospitais à espera de vagas para internação. Não permitam que os equipamentos comprados com o dinheiro público sejam encaixotados ou, pior ainda, sirvam para enriquecer aproveitadores...

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) - aspomilpm@terra.com.br  

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