Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

A hora de prestar contas para a Receita Federal está chegando. Devemos passar a casa dos 30 milhões de brasileiros que serão obrigados a encarar o Leão! O prazo de entrega inicia no dia 1º de março e vai até 30 de abril.

Em geral, precisam declarar contribuintes que obtiveram rendimento superior a R$ 28.559,70 em 2018, quem obteve ganho de capital pela alienação de bens e direitos, negociou em bolsa de valores, recebeu rendimentos isentos – não tributáveis ou tributados na fonte (como indenização trabalhista ou rendimento de poupança) acima de R$ 40 mil em 2018 – ou que tenham bens com valor acima de R$ 300 mil, entre outras situações mais específicas.

Entre as principais novidades está a exigência de  CPF para dependentes: todos os dependentes, mesmo abaixo de 8 anos como foi na última declaração, precisam ter CPF, sem exceção. Outra novidade é a obrigatoriedade do preenchimento com dados completos da instituição financeira (CNPJ e dados bancários); informações complementares sobre posse de veículos (exemplo Renavam) e imóveis (data de aquisição, área do imóvel, número de registro, por exemplo).

São vários motivos para iniciar a preparação agora. O primeiro é não deixar de cumprir o prazo, pois há multa mínima de R$ 165,74 que pode chegar a 20% sobre o valor do imposto. O segundo motivo é a quantidade de itens que até então não eram obrigatórios e passam a ser este ano - então quanto antes se preparar, mais tempo para correr atrás. Por último, podemos citar os casos de restituição. Quem envia primeiro tem grandes chances de receber o valor antes, a partir do segundo lote, provavelmente em julho de 2019.

O atual governo estuda diversas mudanças no ambiente tributário brasileiro. Uma das expectativas é atualizar a tabela de imposto de renda. De acordo com um levantamento feito pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), a defasagem chega a 95,46% se comparada à inflação oficial (IPCA) acumulada de 1996 a 2018 e as correções da tabela realizadas pela Receita Federal no mesmo período. A última alteração na tabela de IRPF foi em 2015. Os cidadãos brasileiros pedem por mudanças. Mas enquanto isto não acontece, o recomendado é se comportar para não ser pego pelo Leão!

Marco Aurélio Pitta é profissional de contabilidade, coordenador e professor de programas de MBA da Universidade Positivo nas áreas Tributária, Contábil e de Controladoria.

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.