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O incêndio na Amazônia é uma coisa terrível, não só para o Brasil como para todo o mundo. Sabemos que todo aquele verde e aquela água doce são as “reservas naturais” de vida desse nosso planeta azul que insistimos em destruir e precisamos, sim, protegê-los. Sem a Amazônia, com a Amazônia destruída, teremos logo muito mais desertos no mundo. E o ser humano não sobrevive sem água, sem oxigênio. Então, há que preservarmos a Amazônia, há que lutarmos para que ela não desapareça.

Mas isso que está ocorrendo atualmente, essa explosão de indignação com o que ocorre na grande área pulsante, essa constatação repentina de que “estão destruindo deliberadamente a Amazônia”, já se transformou em sensacionalismo, como já é hábito, na maioria das mídias. Tudo acaba sendo apenas motivo para se fazer falatório e celeumas que não levam a nada. Fazem um auê e logo tudo fica esquecido. Falar só não resolve, é preciso agir É preciso pensar em soluções. É preciso cobrar que aqueles que detém o poder e podem tomar providências o façam.

As queimadas na Amazônia diminuíram, um pouco, nos últimos tempos, conforme reportagens e pesquisas publicadas nas décadas mais recentes, mas continuam se sucedendo. Não é um evento que eclodiu agora, o que não diminui a sua gravidade, nem a responsabilidade de quem deveria zelar para que isso não acontecesse. A verdade é que está todo mundo metendo o bedelho, defendendo o verde, a água, o meio ambiente, mas o que interessa, mesmo, a todos e tantos países que reivindicam o controle e “proteção” da Amazônia, é o que está abaixo do solo daquela região. São as riquezas que podem ser extraídas, e não só abaixo do solo, acima também.

Infelizmente nossos governantes têm sido relapsos no cuidado com a Amazônia, não cuidando dela como deve ser feito, não lhe dando o devido valor e não utilizando recursos que são enviados, inclusive, por outros países. Recursos que até podem ter vindo com segundas intenções, mas que poderiam ser usados em favor da Amazônia. Muito dinheiro é gasto com partidos políticos, com corrupção, mas para o meio ambiente não há recursos, como também para a educação, para a saúde, para a segurança, etc.

Precisamos parar de falar e nos levantar para cobrar que os responsáveis façam o seu trabalho, que é cuidar da Amazônia. Que não a abandonem, que se conscientizem do real valor que ela tem.Vejo a repercussão na mídia internacional e fico muito triste. Ninguém está tratando do assunto com seriedade, sempre há algum interesse por detrás.

Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completou 39 anos em 2019. -  Http://lcamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

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