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Embora seja de uso corrente nos países de língua inglesa, o termo fake-news (notícia falsa) só ganhou destaque no resto do mundo depois das queixas do então candidato à presidência dos EUA, Donald Trump, de que era alvo de campanha mentirosa. Mesmo assim, o político ganhou a eleição e hoje preside aquele país. Com as redes sociais disponíveis a todos e o alto grau de polarização, as eleições brasileiras também foram contaminadas pela prática da mentira deslavada e irresponsável. Pior é que a estrutura de fiscalização e as autoridades não estão preparadas para lidar com a elevada capilaridade de fontes. O resultado é que todos os concorrentes acabaram vitimados pelas fake-news, muitas delas sem origem identificada.

Independente do resultado das eleições, o próximo Congresso, o Executivo e principalmente os operadores do processo eleitoral, terão pela frente a inadiável tarefa de normatização da comunicação eleitoral e criação de mecanismos que protejam tanto os candidatos quanto o eleitorado das fake-news. A mentira tem de ser combatida com todo rigor pois tudo o que dela derivar não terá a menor utilidade no avanço da sociedade e melhora da condição de vida do povo, objetivos perseguidos em todas as eleições.

Os veículos de comunicação e os profissionais da área já dispõem de parâmetros de trabalho na tarefa de divulgar fatos eleitorais. O que falta, nesse momento, é o controle dos meios de difusão a que o público tem acesso. É necessário encontrar meios eficientes de evitar que alguém possa espalhar algo e permanecer no anonimato. Feito isso, longe de ser algo como censura, será a forma de evitar os excessos e levar os falseadores da verdade à responsabilidade. O fenômeno das fake-news é mundial e decorre da disponibilização da rede mundial de computadores como veículo de circulação de informação e idéias. Por certo, os próprios operadores do sistema, em curto espaço de tempo, encontrarão o antídoto técnico à difusão de inverdades.

É importante registrar, no entanto, que mesmo com o inconveniente fake-news, as redes sociais são hoje uma excelente ferramenta de autodeterminação do povo. Por ela, o cidadão pode emitir sua opinião sem qualquer interferência ou censura e, evidentemente, responder pelo que diz. Nas atuais eleições, a ferramenta internet tornou-se fundamental. Pela oxigenação da informação que ela traz, dificilmente, no futuro, o povo voltará a ser oprimido pela hegemonia e alternância de um ou dois partidos políticos ao longo de décadas. A tendência é que o mundo político seja, realmente, novo, e o povo mais livre...

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) - aspomilpm@terra.com.br

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