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O auge da crise atinge os Estados Unidos. Os desempregados e desassistidos vagam de um lado para o outro. Ninguém poderia imaginar que a crise pudesse ser tão profunda e provocar a paralização de parte considerável da economia e a imediata demissão de milhões de trabalhadores. A pandemia de más notícias provoca uma verdadeira histeria e mesmo setores que podiam continuar funcionando fecham as portas com o temor de perder tudo o que possuem. Há uma desinformação geral e ninguém sabe com certeza se vai poder pagar as prestações da casa própria e compromissos no final do mês. Por sua vez os credores não têm caixa para pagar os seus financiadores e a crise econômica se alastra rapidamente pelo mundo. É um verdadeiro dominó macabro. Espera-se uma queda significativa no crescimento econômico, representado pelo PIB, e ninguém sabe como e quando começara uma recuperação dos empregos perdidos e um arrefecimento da miséria.

A crise provoca um aumento significativo de mortes. Uns por causa de doenças cardíacas pré-existentes. Outros recorrem ao suicídio. Qual a saída para essa situação? Há um grande debate entre os que defendem a intensificação de programas de ajuda social e os que querem que haja a volta da liberdade de negociar. Não concordam com a intervenção do governo em programas que chamam de assistencialistas e que não colaboram com a retomada do crescimento. Há diversos planos que propõem a reabertura das atividades industriais, comerciais e mesmo agrícolas. Há uma disputa acirrada entre o presidente da república e o congresso nacional. O chefe da nação defende que a recuperação vai se dar rapidamente com a volta da confiança dos agentes econômicos, uma postura fundamentalmente liberal. Já senadores e deputados defendem que o governo invista o que tem e o que não tem para financiar os pequenos empresários e que são os responsáveis pela grande maioria dos empregos ofertados. Os debates são cada vez mais intensos e ríspidos e ganham amplo espaço na mídia. A opinião pública se divide entre os que apoiam o presidente e os que  o responsabilizam pela profunda crise vivida pelo pais. Na prática há uma troca de acusações que só confunde ainda mais a opinião pública nacional.

No meio do pandemônio que toma conta do pais os políticos se movimentam com o olho na eleição presidencial e vários deles surfam na crise. Tentam instrumentalizar a paralisia da economia em benefício próprio e no momento correto usá-la como mote da campanha eleitoral.  Mas afinal de quem é a responsabilidade pela mais profunda crise vivida pelo país desde a sua fundação? Analistas de mercados avaliam que a queda das ações na bolsa não é responsável pela perda de empregos e a paralização da economia. A quebra ocorre em 1929 e o grande desemprego é registrado apenas três anos depois. Fortunas obtidas com ações, de um dia para outro, desaparecem. Papeis caríssimos são vendidos por centavos. O mandato do presidente Herbert Hoover está perdido. Os impactos da onda de quebradeira econômica e financeira começa a bater nas praias dos países parceiros como um tsunami.  Atinge os países periféricos como o Brasil. Este quebra com a queda assustadora na exportação de sua commodity mais importante, o café.

Heródoto Barbeiro é editor chefe e âncora do Jornal da Record News em multiplataforma  - www.herodoto.com.br

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