Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

O namoro tem se tornado diferente a cada geração. No tempo dos nossos avós ou tataravós, o casal era  formado pelo arranjo feito por suas famílias. O matrimônio era visto como forma de garantir proteção e estabilidade à pessoa. A paixão era secundária, considerada um sentimento efêmero. Com o tempo, se acostumava um com o outro.

A geração seguinte passou a valorizar a própria escolha por um amor. Mas, a supervalorização da paixão, por vezes, fez com que muitas pessoas se casassem tendo somente uma idealização do par e, quando já numa vida a dois, é que se deparavam com as diferenças entre eles.

A geração que veio depois descobriu o “ficar”, que não é namoro, mas uma caricatura de relacionamento. Nisso, alguns iam se encantando um com o outro, até decidirem firmar algo.

Com a pandemia, outra mudança tem-se desenhado. Na opinião de muitos, é que teremos uma mudança social, estrutural, e que a tecnologia passe a ter um papel cada vez maior no modo de fazermos as coisas. Portanto, também os namoros, que já vinham absorvendo uma forma virtual de acontecer, podem passar a ser cada vez menos presenciais. Eis a questão: como será o namoro pós-pandemia?

Toda vez que há alguma mudança social ou mesmo crise, temos que voltar à essência das coisas, na estrutura básica, nas características que nunca mudam. A necessidade de afeto e a vocação ao amor esponsal são exemplos disso, pois sempre estarão presentes no ser humano.

Onde alguém pode conhecer melhor outra pessoa, e assim decidir-se por formar um laço mais profundo? Ora, onde a pessoa amada manifesta sua essência, e esse lugar é a família.

Na família é onde a pessoa é ela mesma, é lá que se manifestam seus valores. No convívio do lar fica nítido tudo o que se passa com o indivíduo.

É no seio da família que todo ser humano é formado, desde a primeira noção de sociabilidade até as concepções e visão de vida. É lá que se conhecem jeitos e reações do pretendente. Por exemplo, em casa, se vê como o par trata o pai, a mãe, os irmãos, e isso corresponde a como essa pessoa valoriza o sexo oposto e o que significa formar família para ele. Outro retrato é que, na família, se vê se a pessoa será colaborativa ou não no futuro lar. 

Ainda que o namoro possa ser mais virtual, quando passar esse isolamento, não dispense as oportunidades de conhecer seu amor, no dia a dia, com sua família. Esta quarentena, como toda prova, também traz oportunidades, e tem se mostrado como meio de manifestar as reais intenções e disposições dos amantes.

Se estamos frisando que é na família que os valores transparecem, para mensurar a qualidade de seu relacionamento, reflita se entre vocês, com o isolamento, seu par tem mostrado mais valores, prezando pelo bem comum a vocês, ou somente o procura quando a carência do que é conveniente a ele(a)?

Todo casal, uma hora ou outra, passará pela provação. E isto é “bom”, faz parte do relacionamento, pois é no fogo da adversidade que as verdadeiras intenções são reveladas. Sobretudo, não importam as mudanças, a família é sempre a referência do ser humano.  Feliz dia dos Namorados!

Sandro Arquejada é missionário da Comunidade Canção Nova. Formado em administração de empresas pela Faculdade Salesiana de Lins (SP), atualmente trabalha no Setor de Novas Tecnologias da TV Canção Nova. É autor dos livros “Maria, humana como nós” e “As Cinco Fases do Namoro”, pela Editora Canção Nova.

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.