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1930 gerou a pior das décadas, à exceção dos momentos de guerra, do século XX. Demolida a riqueza e disseminada a pobreza, a política, que é equilíbrio justo, ingressou nos guetos da esquerda e direita. Esses extremos tem a ajuda do fígado, jamais do cérebro e tampouco do coração.

O outro ciclo crítico do capitalismo (2008) gerou os avanços da extrema direita na Europa e as políticas de austeridade desabaram sobre os menos favorecidos, pondo fim ao estado do bem estar social, uma luz que parecia guiar o mundo contemporâneo.

Nesses momentos o populismo, que outrora embalava o centro, move esquerda e direita. Irresponsáveis e levianas, suas medidas são desconectadas do conjunto estrutural que forma em plenitude a coisa pública. O terrível mal do populismo é que a festa, cedo ou tarde, transforma-se em luto. O que se dá hoje é retirado amanhã em escala muito maior no processo falimentar.

O Brasil, sob o governo do PT, valendo-se de certa distância da formidável crise do capitalismo global, deu-se ao populismo às escâncaras; quanto mais acentuada a demagogia, maior o preço a pagar, quando o sol voltar a iluminar fortemente a realidade nua e crua. E, se presentes na festa os comensais da ladroagem, da corrupção, da drenagem implacável dos recursos públicos, o "day after" cai ainda mais na densa e sombria nuvem do desespero.

E a direita se põe no lugar da esquerda que frustrou as expectativas. Na Europa cresce a extrema direita e já tomou lugar na Hungria e na Polônia, conquistando os respectivos governos. Ao emocional o emocional, não a razão e o cérebro.

A ascensão do impagável Bolsano, sobre as cinzas pútridas do PT, no Brasil de hoje, faz parte desse quadro mundial;  sabemos que os fossos se aprofundarão e se multiplicarão. Só ignoramos se, nos anos que se seguirão, o século XXI será marcado por cores que simbolizarão  a vida ou a morte.

Amadeu Garrido de Paula, é Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados - (De León Comunicações: equipe@deleon.com.br)

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