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O coronavírus (COVID-19) pelo mundo registra a morte de mais de 210.611 pessoas, e 3.035.177 contaminadas em 193 países. O Brasil tem 66.501 casos, 4.543 mortes e, uma taxa de letalidade de 6,8%. Números subestimados, pois não há realização de testes em massa no país.

Como se trata de uma doença pouco conhecida, que se espalha rapidamente, e para a qual não existe imunidade, a opção mais eficaz adotada pela maioria dos países tem sido adotar as medidas de isolamento social, diminuindo os índices de contaminações e, por consequência, a redução no número de mortes, dando tempo aos governos de planejarem as medidas cabíveis e aos cientistas a descoberta da imunidade ou a cura.

São vários os desafios que devem ser superados em relação ao isolamento social: 1. Moradia: muito(a)s brasileiro(a)s moram em casas sem infraestrutura adequada, com espaços mínimos, localizados em comunidades populosas, sem acesso ou de forma precária à água, esgoto ou às condições mínimas de higiene necessárias para controlar a proliferação do vírus. 2. Saúde mental: estudos mostram que mesmo entre as pessoas consideradas saudáveis, o isolamento social crônico traz consequências negativas como risco desenvolver doença coronária, demência, solidão. 3. Proteção aos vulneráveis: segundo, a ONU, as medidas restritivas aumentaram a possibilidade de violência, precisamos combater e garantir especialmente, os direitos humanos de crianças, adolescentes e mulheres, que tem o aumento do fardo com o trabalho doméstico. Conforme dados boletim ANESP (05/04/20), países como China e França constataram o aumento de denuncias de casos de violência. Muitas vezes a presença do violador pode constranger a vitima de fazer a denuncia ou buscar ajuda. 4. Como manter as pessoas em casa? O Brasil não tem a tradição de assumir comportamentos de proteção da saúde pública. As pessoas gripadas não têm o hábito de deixar de frequentar lugares públicos para não espalharem o vírus; os responsáveis não têm a preocupação de não levarem seus filhos com viroses intestinais para a escola, não usam máscaras etc.

Que medidas, tomar diante de tantos desafios?

As pesquisas e o acompanhamento social são tão importantes quanto o papel dos profissionais da saúde, pois são as praticas, as culturas sociais, que mantém ou podem romper com práticas danosas a sociedade.

Precisamos conscientizar toda a população para a importância da realização de atividades físicas, ainda que em espaços pequenos, adaptados na própria casa; o uso das tecnologias para as interações tais como um dia da família se encontrar, jogos coletivos entre as crianças e jovens, cultos familiares, ou orações em grupo; estabelecer rotinas diárias de preparo dos alimentos, limpeza e manutenção da casa, t.v., leituras, fazer compras básicas a sobrevivência etc.

Antes, porém, precisamos pensar de forma cooperativa. Todo(a)s: significa muito mais do que pensar apenas em uma família. Neste momento, Todo(a)s somos um! E Um somos Todos! E, pensando assim, a vida ganhará novo valor, pois cada pessoa que sobreviver ou morrer, levará um pouco de nós.

Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva, Coordenador do Núcleo de Estudos da Criança e do Adolescente, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – NECA/UESB - reginaldoprof@yahoo.com.br

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