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Nesse Dia dos Pais quero inverter a ordem das coisas e homenagear minha filharada. Quero agradecer-lhes, minhas filhas, nesse dia e em todos os outros, pelo privilégio e pela honra que Deus me deu de ser o pai de vocês. E agora, que sou avô, agradecer pelo Rio, que veio nos ensinar tanto, a mim, que já estou “começando” a ficar velho. Ele ensinou que nunca é tarde pra se aprender, que amor sempre pode ser maior e que posso amar mais ainda minha filharada, por causa dele.

E quero agradecer, também, filharada, a sua mãe por ter me dado vocês, nosso maior tesouro. Que são as responsáveis por mais tesouros, como o neto Rio. Quero dizer-lhes que eu só tive a exata noção do que é ser um ser humano completo e feliz depois que vocês chegaram. Que os filhos dão um objetivo maior à vida da gente, que depois que eles chegam, a gente tem uma razão maior para viver. Que muito do que aprendi na minha trajetória por este mundo de Deus, até aqui, foram vocês que me ensinaram. Não trocaria o orgulho de ser pai de vocês por absolutamente nada neste mundo.

Vocês cresceram e cada uma está trilhando o seu próprio caminho e eu fico aqui torcendo pelo sucesso de vocês. E tenho certeza de que Ele estará sempre presente em suas vidas, porque sei da educação que tiveram. Sinto falta de vocês – filhos são sempre crianças, não importa a idade que tenham – pois nossa casa parece insistir em me lembrar que está faltando alguém. Mas aí eu penso que é assim mesmo, que pais são aqueles seres que ficam aumentando a casa até que, quando ela está pronta, do tamanho ideal – grande demais -, os filhos começam a sair do ninho para terem as suas próprias casas. É a ordem natural das coisas.

Então o meu beijo e o meu abraço a vocês, sempre, pois vocês são o maior presente que eu poderia desejar. E me sinto abraçado, beijado, amado, mesmo que vocês, a minha filharada, não possam estar aqui, pois tenho, na memória, muitas pastas com uma quantidade enorme de arquivos cheios de abraços, beijos –melados, lambuzados, molhados, alguns deles, dos quais gosto tanto quando dos outros, incluindo agora os beijos do Rio, que vamos roubar quando voltar à Lisboa para ficar com ele, para matar a saudade. E faço uma releitura desses arquivos, terabites deles, desde a mais remota infância de vocês até recentemente, quando a juventude plena e a vida adulta lhes chegou e a vida lhes mostrou seus próprios caminhos.

E enquanto não posso abraçar vocês, abraço a sua alma, o seu espírito, e mato um pouco da saudade. Feliz Dia dos Pais e feliz dia para os filhos e netos, minhas filhas. O meu é feliz porque eu tenho vocês.

Luiz Carlos Amorim – Escritor, jornalista,  editor e revisor – Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completou 41 anos em 2021. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br – http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br

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