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Argentina se retiró de las negociaciones por los acuerdos de libre comercio con Corea del Sur, Canadá, India y otros Estados, lo que fue visto como una salida del bloque. La parlamentaria Fernanda Gil Lozano expica.para Télam que esta interpretación es errónea y argumenta la decisión tomada por la delegación.

El pasado viernes 24 de abril, la delegación argentina tomó la decisión de retirarse de la mesa de negociaciones por Tratados de Libre Comercio que nuestros socios del Mercosur intentan impulsar con Corea del Sur, Canadá, India y otros Estados.

Esta decisión, comprensible por el contexto de crisis económica y agravada por la coyuntura sanitaria generada por el Covid-19 que está paralizando a casi todo el planeta, fue interpretada por varios sectores como una salida o ruptura del proceso de integración del que somos parte junto con Brasil, Paraguay y Uruguay desde hace casi 30 años.

Tal interpretación estaría revelando dos cuestiones: su explícita mala intención o –lo que es aún peor- un desconocimiento total de la normativa y la historia del Mercosur.

En el año 2000, el Consejo del Mercado Común (órgano de conducción política del Mercosur) emitió la Decisión 32 estableciendo que los Estados parte deberán negociar tratados comerciales en forma conjunta, es decir como bloque. El requerimiento de este consenso implica que si uno de los socios no está de acuerdo con los términos negociados puede retirarse de las mismas, paralizándolas momentáneamente. La tan promocionada ‘’carta de intención’’ lograda el año pasado en el marco del Acuerdo de Libre Comercio entre el Mercosur y la Unión Europea fue un capítulo más de una negociación que se inició hace más de 24 años y que ha tenido infinidad de avances y retrocesos. En ningún momento un estancamiento por la voluntad de un Estado parte fue considerado como ruptura del bloque sudamericano.

Por otro lado, es importante mencionar que la firma de un TLC no es bueno y ni malo per se, la clave está en las cláusulas negociadas. Si un Estado considera que tal acuerdo no es beneficioso para la economía propia o del bloque, está en todo su derecho de expresar su disconformidad. El Mercosur es un proceso de integración de naturaleza intergubernamental y como tal tiene sus propias lógicas.

No está de más recordar que la mencionada Decisión 32/00 materializó la postura de los Estados parte del Mercosur durante las largas negociaciones por la firma del ALCA (lo que se conoció como negociación 4+1). El Mercosur negoció como bloque defendiendo sus intereses frente a la propuesta de apertura comercial irrestricta y liberalización total propuesta por Estados Unidos a comienzos de la década del 90, teniendo punto final en aquella recordada Cumbre de las Américas llevada a cabo en Mar del Plata en el año 2005.

Por otro lado, reducir al Mercosur a la firma o no de acuerdos comerciales con otros bloques o terceros países implica invisibilizar otras agendas que también forman parte del mismo y son claves en la consolidación del proceso. Desde el año 2002 se ha avanzado en aspectos que van más allá de lo puramente comercial: podemos mencionar la cartilla de ciudadanía Mercosur (que otorgó varios derechos a ciudadanos del bloque) del año 2003, la creación del Fondo para la Convergencia Estructural del Mercosur (FOCEM) compuesto por aportes solidarios de los cuatro estados parte y que ha ayudado a financiar importantes obras de infraestructura vial, el Instituto Social del Mercosur coordinando en conjunto políticas sociales, el IPPDDHH velando por la promoción y el cumplimiento de los derechos humanos en el bloque, entre otros.

Cabe destacar las acciones llevadas a cabo por la Reunión Especializada de Agricultura Familiar del Mercosur (REAF) y la Unidad de Apoyo a la Participación Social, en el sentido de fomentar un marco para el intercambio regional y acciones concretas que mejoren la calidad de vida de los ciudadanos. Órganos que han sido olvidados, desfinanciados y paralizados por los gobiernos neoliberales de los últimos cuatro años. En ese sentido, la decisión política de cancelar las elecciones directas de los parlamentares del PARLASUR (que en el caso de Argentina y Paraguay fue un espacio de participación directa de la ciudadanía en el bloque) es otra prueba del desinterés de algunos sectores por fomentar una integración regional integral, no limitada a firmas o no de acuerdos comerciales.

El Mercosur es un proceso de integración que supera la mera faceta comercial pero que a su vez la incluye: no debe quedar reducido a un mero sello para aprobar acuerdos comerciales posiblemente ruines para el bienestar de la inmensa población del bloque regionaL.

Parlamentaria Fernanda Gil Lozano, miembro de la Delegación argentina (Artículo publicado originalmente en Télam)

Mercosul e suas agendas: ruptura ou cegueira?

A Argentina retirou-se das negociações para acordos de livre comércio com a Coréia do Sul, Canadá, Índia e outros estados, o que foi visto como uma saída do bloco. A parlamentar Fernanda Gil Lozano explica, para Télam, que esta interpretação está errada e defende a decisão tomada pela delegação.

Na última sexta-feira, 24 de abril, a delegação argentina decidiu retirar-se da mesa de negociações dos acordos de livre comércio que nossos parceiros do Mercosul estão tentando promover com a Coréia do Sul, Canadá, Índia e outros Estados.

Essa decisão, compreensível no contexto da crise econômica e agravada pela situação de saúde gerada pelo Covid-19 que paralisa quase todo o planeta, foi interpretada por vários setores como uma saída ou ruptura do processo de integração do qual fazemos parte. com Brasil, Paraguai e Uruguai há quase 30 anos.

Tal interpretação revelaria duas questões: sua má intenção explícita ou - o que é ainda pior - uma total ignorância dos regulamentos e da história do Mercosul.

Em 2000, o Conselho do Mercado Comum (órgão político do Mercosul) emitiu a Decisão 32, estabelecendo que os Estados Partes devem negociar acordos comerciais em conjunto, ou seja, em bloco. A exigência desse consenso implica que, se um dos parceiros não concordar com os termos negociados, ele poderá se retirar deles, paralisando-os momentaneamente. A tão promovida "carta de intenções" alcançada no ano passado no âmbito do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Européia foi outro capítulo de uma negociação iniciada há mais de 24 anos e que teve inúmeras avanços e contratempos. Em nenhum momento houve uma estagnação pela vontade de um Estado Parte considerado uma ruptura do bloco sul-americano.

Por outro lado, é importante mencionar que a assinatura de um TLC não é boa ou ruim per se, a chave está nas cláusulas negociadas. Se um Estado considera que esse acordo não é benéfico para sua própria economia ou para o bloco, tem todo o direito de expressar sua discordância. O Mercosul é um processo de integração intergovernamental e, como tal, possui lógica própria.

Vale lembrar que a referida Decisão 32/00 materializou a posição dos Estados Partes no Mercosul durante as longas negociações para a assinatura da ALCA (conhecida como negociação 4 + 1). O Mercosul negociou como um bloco defendendo seus interesses contra a proposta de abertura comercial irrestrita e liberalização total proposta pelos Estados Unidos no início dos anos 90, terminando com a bem lembrada Cúpula das Américas, realizada em Mar del Plata, em ano de 2005.

Por outro lado, reduzir o Mercosul à assinatura ou não de acordos comerciais com outros blocos ou países terceiros implica tornar invisíveis outras agendas que também fazem parte dele e são fundamentais na consolidação do processo. Desde 2002, houve progresso em aspectos que vão além do puramente comercial: podemos mencionar o cartão de cidadania do Mercosul (que concedeu vários direitos aos cidadãos do bloco) em 2003, a criação do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul ( FOCEM), composto por contribuições solidárias dos quatro Estados Partes e que ajudou a financiar importantes obras de infraestrutura viária, o Instituto Social do Mercosul coordenando conjuntamente as políticas sociais, o IPPDDHH garantindo a promoção e o cumprimento dos direitos humanos no bloco , entre outros.

Cabe destacar as ações realizadas pela Reunião Especializada em Agricultura Familiar do Mercosul (REAF) e pela Unidade de Apoio à Participação Social, no sentido de promover uma estrutura para o intercâmbio regional e ações concretas que melhorem a qualidade de vida das pessoas. os cidadãos. Órgãos que foram esquecidos, subfinanciados e paralisados ​​pelos governos neoliberais dos últimos quatro anos. Nesse sentido, a decisão política de cancelar as eleições diretas dos parlamentares do PARLASUR (que no caso da Argentina e do Paraguai era um espaço de participação direta dos cidadãos no bloco) é outra prova do desinteresse de alguns setores em promover uma Integração regional abrangente, não se limitando à assinatura ou não de acordos comerciais.

O Mercosul é um processo de integração que vai além da mera faceta comercial, mas que por sua vez inclui: não deve ser reduzido a um mero selo para aprovar acordos comerciais possivelmente ruinosos para o bem-estar da imensa população do bloco regional.

Parlamentar Fernanda Gil Lozano, membro da Delegação Argentina – (Artigo originalmente publicado em Télam)

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