Estado mais rico do Brasil
De acordo com o governo federal, o Estado do Paraná é a unidade mais rica do Brasil.
Há mais de 30 anos os paranaenses estão sendo assaltados diariamente com o advento da instalação das praças de pedágio em estradas de pontos estratégicos. A finalidade dessa cobrança se trata da preservação das estradas e, de acordo com os contratos, as concessionárias deveriam ter construído pistas duplas em muitos trechos, com pavimento de fazer inveja a países de primeiro mundo. Não foi o que aconteceu nestas três décadas de roubo descarado contra a população, que não suporta mais ser enganada.
Apareceu um governador que na campanha política prometeu aos eleitores a respeito dos valores praticados se não houvesse a diminuição ele esbravejava aos quatro ventos da publicidade afirmando que iria acabar definitivamente. Trata-se de Roberto Requião de Melo e Silva, com larga experiência no setor público, mas, em nada correspondeu no posto de executivo, nem tão pouco no Legislativo. O povo não partidário tem vergonha desse infeliz que prometeu e não cumpriu.
Agora com o vencimento do contrato – em novembro desse ano -, o governo federal está se mobilizando para a instalação de mais 15 praças nas rodovias - entendendo de que o Paraná é a unidade mais rica da federação -,com o objetivo de tirar o pouco que ainda resta, com a tendência de diminuir os valores das atuais praças em operação.
Eu me lembro de que foi no fatídico governo de Jaime Lerner a negociação nefasta contra o povo, em 1997, utilizando um mecanismo tão bem feito, sem possibilidade nenhuma em cancelar esse negócio fraudulento contra a sociedade. Fui o único jornalista a bater de frente contra os poderosos. Mas, como uma só andorinha não faz verão, eu cheguei a comentar de que os homens públicos da época iriam se arrepender por ceder aos ladrões da máquina pública.
Os valores a serem praticados deveriam apresentar os mesmos preços ou equivalentes ao de Santa Catarina, cujas rodovias são infinitamente superiores em relação ao nosso Estado, onde se pratica na média de R$ 3 reais. É importante lembrar que, mesmo assim, não se justifica, pois já existem outros impostos para a finalidade na preservação das rodovias.
Para o governo do Paraná, a tendência será ludibriar mais uma vez a população, mesmo porque, caso permaneça as praças cobrando, a administração pública se desobriga na restauração dos desgastes e ainda arrecada com impostos gerados pelos serviços pedagiados.
Acredito que o leitor deverá se atentar para essas colocações.
Edilson Elias - é jornalista, professor, historiador do Paraná, diretor presidente do jornal FATOS DO PARANÁ e membro da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina - edilsonelias@yahoo.com.br
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