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"Faça-se a luz! E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas." Gênesis

A iluminação pública é essencial à qualidade de vida dos centros urbanos, pois se presta como instrumento de cidadania e permite aos habitantes desfrutarem, plenamente, do espaço público.

A necessidade de iluminação pública se dá pelo bem-estar dos cidadãos: por conta de atividades profissionais, estudantis e de lazer noturnas, uma camada da população tende a transitar regularmente pelas ruas durante a noite.

E há outro viés importantíssimo: apoiando-se numa iluminação pública eficiente que cubra pontos significativos da cidade, é possível dizer que a sensação de segurança é muito maior que apenas um instinto, uma vez que a diminuição dos índices de criminalidade pode ser considerada uma consequência disso. Basta lembrar, por exemplo, que homicídios, furtos, assaltos à mão armada, os pontos de venda de drogas e até os casos de estupro desfrutam de uma iluminação pública obstruída ou obtusa.

Uma experiência feita em Nova York em 2016 mostrou que a criminalidade noturna reduziu 36% em ruas que passaram a ser bem iluminadas. Em alguns pontos da cidade a queda chegou a 60%. A pesquisa norte-americana, obviamente, pode ser espelhada em qualquer cidade do mundo. O trabalho foi feito pelo National Bureau of Economic Research e mencionado numa reportagem da “Folha de S. Paulo”, em julho deste ano.

O inverso infelizmente é estupendamente proporcional. Iluminação pública defasada, por exemplo, acarreta danos ao meio ambiente, reduz a ocupação das áreas públicas, desvaloriza determinadas regiões e até mesmo desperdiça dinheiro público. Para abrir mão daquele ganho de 36% ali em cima, diz o bureau americano, seria preciso aumentar em mais 10% o efetivo de policiais nas ruas. (Não precisamos calcular quanto custaria esta conta para o erário..)

Ao iluminar, com a melhor eficiência possível, pontos da cidade como parques, praças e academias a céu aberto, a prefeitura fomenta uma maior interação das pessoas com estes espaços. E a iluminação pública com a mais recente tecnologia LED (Light Emitting Diode, ou Diodo Emissor de Luz), em particular, favorece mais conforto visual, embeleza ainda mais as áreas urbanas, destaca e valoriza monumentos, prédios e paisagens, facilita a hierarquia viária, orienta percursos e dá um aproveitamento melhor às áreas de lazer. Porque a luz LED é mais intensa, valoriza silhuetas, texturas, contornos, brilhos e contrastes dos objetos, porque melhora os Índices de Reprodução de Cor (IRC), e define melhor a visão do meio tridimensional que vivemos.

Optando por uma luz forte, clara e bem definida na iluminação pública, como o inovador LED, o poder público favorece ainda o turismo e o comércio, amplia as ações culturais e o desenvolvimento social e econômico da população.

A luz LED não é incandescente, é mais econômica, tem maior durabilidade, é menos agressiva ao meio ambiente e gera menos calor.

A boa luz, aliás, não se restringe apenas à questão da segurança pública, e divaga por outros aspectos importantes nas nossas vidas. Ela melhora a autoestima, alegra o ambiente e inspira mais felicidade nas pessoas. “Dia bonito” significa dia com sol – símbolo e origem da luz. Luz significa vida. “Mulher dá à luz uma criança”, quer dizer: ela trouxe a criança à “vida”.

Luz é psicologicamente positiva no nosso mais profundo íntimo, como pessoa, como gente.

Quanto mais luz mais inibimos o cansaço. Quando chegamos em casa à noite, desligamos todas as luzes e deitamos, em pouco tempo estaremos dormindo. Por outro lado, quando chegamos em casa à noite, acendemos todas as luzes e deitamos, em pouco tempo estaremos de pé e vamos fazer outra coisa.

Quanto mais luz, mais produtividade, mais ativo e inspirado ficamos. Quanto mais luz, mais motivado ficamos. Quanto mais luz, mais seguros estaremos.

Então, que se faça a luz!

Marcelino Medeiros Junior, jornalista, especialista em “Comunicação Organizacional: Gestão Estratégica” pela Universidade Estadual de Londrina

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