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O ano letivo vem chegando ao fim e as esperadas férias escolares podem se tornar um verdadeiro banho de água fria para alguns pais e alunos. O motivo? A temida recuperação escolar.

O período de recuperação na educação regular é um daqueles momentos do calendário que pode causar espanto, decepção e frustração aos estudantes, colegas e responsáveis. Isso acontece pelo estigma com que a recuperação é encarada socialmente, vista como uma forma de castigo ou punição quando, na verdade, representa uma oportunidade extra de aprendizado.

A recuperação é um momento de grande relevância para qualificar os processos de ensino e de aprendizagem escolar. Por isso, é necessário que os agentes envolvidos reconheçam esse período como uma chance de retomada ao estudo daqueles conteúdos conceituais que não se fixaram durante o ano letivo e, por isso, não foram assimilados.

Alguns alunos possuem um ritmo de aprendizado diferente da maioria da turma e, por isso, podem levar um pouco mais de tempo para apreender um conteúdo, o que deve ser compreendido e respeitado pelos pais, colegas e professores.

Nessa perspectiva pedagógica, a intencionalidade do processo da recuperação é garantir aos estudantes um tempo estendido no calendário escolar, com práticas e didáticas diferenciadas, para assegurar a aprendizagem significativa, ou seja, garantir que todos os alunos e alunas consigam apropriar-se do conteúdo que não conseguiram no tempo escolar regular.

Ao proceder com a prática da recuperação escolar, não só se cumpre uma exigência da legislação educacional brasileira, como também se assegura aos educandos a apropriação dos conteúdos essenciais para o seu processo de formação acadêmica.

Assim, o período de recuperação oportuniza a assimilação pontual de matéria; assegura uma individualização das práticas educativas e reforça o direito ao conhecimento. Por todos esses ganhos, este processo deve ser compreendido como uma oportunidade de retomada de conteúdo para afirmação do conhecimento.

Mais do que recompor a nota anual ou quantificar o conteúdo apreendido, a recuperação deve ser entendida como a garantia de que a escola está priorizando seu papel mais relevante: levar conhecimento ao aluno.

Marcos Aurélio Pereira é coordenador do núcleo psicopedagógico do Colégio Marista Glória, em São Paulo (release@pg1com.com)

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