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Não é desse governo que apareceu esse mercantilismo de troca de placas de veículos contra o povo brasileiro. O próprio presidente Bolsonaro tem tentado diminuir os custos desse setor, afirmando que a durabilidade das habilitações deve ser mais prolongada.

Para alcançar a dimensão da novidade a nível nacional foi anunciada ano passado a troca das placas dos veículos que agora estão sendo utilizadas quatro letras e três números para ter uma abrangência no Mercosul, com a justificativa de aumentar a combinação numérica a ser registrada em cada veículo e uma possível clonagem ou roubo nos países desse hemisfério. As autoridades lembram que Argentina e Uruguai já estão utilizando o sistema.

Estima-se que o gasto com essa mudança é de aproximadamente 18 bilhões de reais, numa afronta contra a sociedade que não sabe mais o que fazer com as sucessivas investidas de pessoas inescrupulosas que querem se locupletar a qualquer custo, com as oportunidades que surgem. Essa mudança teve início em 1 de setembro de 2018 e deverá ser a data limite para 31 de janeiro de 2020. Antes essa limitação era até 30 de junho deste ano, mas o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) decidiu adiar devido apenas sete estados das 27 unidades federativas estarem atualizadas com esse padrão de emplacamento. São eles: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Quem não se lembra daquela pequena tarja obrigatória instituída em 1997, que foram instaladas na placa traseira dos veículos para a comprovação da documentação dos impostos devidos? Desta vez, o custo das placas varia de acordo com cada região do país em aproximadamente 200 reais. A grande “economia” foi o Contran anunciar o fim da obrigatoriedade da adoção da nova placa para veículos que passam por transferência de proprietário sem mudar de município, com uma economia de 3,4 bilhões ao consumidor final, de acordo com Jerry Dias, presidente do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), sem estimar em quanto tempo seria estimado esse “privilégio”.

Importante lembrar que quem não escapa dessa obrigatoriedade instantânea são os carros novos, veículos que passaram por mudança de município e aqueles que trocaram de categoria (um taxi que vira um carro de passeio).

Precisamos marcar agora quando surgirá uma nova beliscada no bolso do povo brasileiro.

Edilson Elias - é jornalista, historiador do Paraná, professor, membro da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina e diretor presidente do jornal FATOS DO PARANÁ®

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