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Fizemos uma análise de quanto corre um jogador de futebol em 90 minutos e sua evolução ao longo dos anos.

Nos anos de 1970, um atleta percorria cerca de 4 a 7 quilômetros numa partida. Esses números avançaram de forma expressiva nos dias atuais.

A título de ilustração os primeiros jogos de Copa do Mundo, por exemplo, não era permitida substituição. O tempo foi passando e houve a necessidade em fazer duas mudanças. Esses detalhes foram observados ao longo dos anos, segundo especialistas para a necessidade em produzir um espetáculo de alto nível. Atualmente são permitidas três mudanças.

Apenas para fazer uma observação da extrema evolução que aconteceu nas quatro linhas, no jogo Brasil e França pela Copa do Mundo Feminina, teve uma jogadora que percorreu mais de 13 quilômetros. Esse preparo físico vem sendo medido cuidadosamente tanto para atletas das competições masculinas ou femininas.

É bom lembrar que de acordo com as posições existem diferença de trajeto. Mas, um goleiro percorre cerca de 3 quilômetros numa partida inteira. Atualmente, um atleta profissional corre entre 9 e 11 quilômetros durante os 90 minutos. Esses números publicados são estudos científicos realizados pelo fisiologista Turíbio Leite de Barros, da Unifesp e do São Paulo Futebol Clube, que correspondem com as distâncias de jogadores dos grandes clubes europeus que, nas partidas da Liga dos Campeões têm a quilometragem medida em tempo real. Isso permite quem gasta a sola da chuteira e quem faz corpo mole. É lógico que existem as características de cada atleta. Os meias são mesmos os maiores corredores.

Vamos sair um pouco dos atletas de alta performance e citar o Londrina Esporte Clube. Há pouco tempo se reclamava que o time não tinha calendário para jogar. Com a parceria realizada pelo gestor Sérgio Malucelli, houve uma expressiva conquista. A agremiação londrinense saiu praticamente de uma insolvência irreversível, da Segunda Divisão do Campeonato Paranaense para a Série B, da competição nacional e, de acordo com as previsões, poderá perfeitamente conquistar o grupo de elite do futebol brasileiro..

Acontece que agora, com calendário para o ano inteiro e de acordo com as exigências de competições é necessário ter dois ou até três times com desempenho semelhante, devido ao enorme desgaste do jogador. Ele não é máquina e precisa ser substituído para não comprometer seu condicionamento físico e a saúde.

Acredito que é possível entender esse problema. Com a correria alucinada para se manter num padrão elevado de produção, o técnico precisa fazer constantes mudanças. Hoje o torcedor não tem mais o time do coração na cabeça, como era feito antigamente. Aquele ditado de “em time que está ganhando não se mexe”, já é assunto do passado. Tudo mudou.

Ainda veremos e não será por muito tempo assistir um jogador correr 15 quilômetros numa partida. É uma questão de lógica e estudo científico.

Edilson Elias é jornalista, escritor, historiador do Paraná, membro da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina e diretor presidente do jornal FATOS DO PARANÁ®

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