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Este verão está se revelando um dos mais quentes, até porque não tem chovido muito, apesar de toda tarde ameaçar tempestade. Ao contrário deste verão e do anterior, os inícios de ano sempre foram de muita chuva, tanta que tivemos grandes tragédias aqui em Santa Catarina e em outros estados brasileiros.
Pois as coisas têm mudado. Nas últimas temporadas temos tido calor cada vez maior e quem veio passar as férias aqui em Florianópolis deu-se muito bem se queria torrar no sol. Mas a verdade é que muito turista foi embora antes do tempo, porque tem gente cozinhando no sol com sensação térmica de mais de quarenta graus, até mais de cinquenta.

Pois o sol inclemente deste verão fez estragos também no meu jardim e algumas plantas morreram. Minha “plantação” de morango quase que não sobrevive ao sol escaldante, que andou por volta de quarenta graus, apesar do cuidado que eu tinha, regando pela manhã e à noitinha. Alguns pés de morango esturricaram no sol e tive que replantar para ter morangos no próximo inverno. Alguns pés de flores secaram, um de meus dois pés de jacatirão morreram, até o milho está secando.
Mas em contrapartida, meus dois pés de araçás carregaram no início do verão e eu colhi muita fruta desde dezembro. Para eles o sol faz bem, pois quanto mais sol, mais doce ela fica.
Então, para mim não tem sido tão ruim o calorão e a seca, pois mesmo não curtindo mais a praia como em outros tempos idos, pude comer muito araçá, fruta que eu gosto muito e que a gente não encontra no supermercado. A abundância do araçá não impediu, no entanto, que este ano eu comesse também alguns cambucás, pois eles amadurecem em fevereiro e eu fui à Corupá, onde encontrei pés carregadinhos. Meu amigo Flávio José Cardozo também tem um enorme cambucazeiro em sua casa, mas este ano eu não fui visita-lo. Ainda tenho uma pequena muda de cambucá das frutas que eu ganhei dele.
Prefiro os nossos verões equilibrados, nem com pouca chuva, nem com chuva demais, e bem que este podia ser menos quente. Precisamos cuidar melhor do nosso meio ambiente para que haja um equilíbrio maior das forças da natureza, ou nossos verões ficarão cada vez mais quentes.

Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor  - Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 38 anos de trajetória, Cadeira 19 da Academia SulBrasileira de Letras - Http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br - Http://lcamorim.blogspot.com.br

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