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“Desculpe-me, eu errei. Estou mal, a culpa é minha!”: com qual frequência você pronuncia essas frases? Admitir um erro ou reconhecer uma falha é difícil!

Somos preparados para ganhar, para ter sucesso, mas pouco nos dispomos ao fracasso. Em casa ou no trabalho, reconhecer as limitações e assumir as consequências de um ato falho é para os fortes e corajosos. Normalmente, agimos na defensiva, justificando tais ações com argumentos cansativos ou passando a culpa para outros. É muita energia gasta de forma errada, gerando danos físicos e mentais!

Há um medo do apontamento, de perder o conquistado, um medo do julgamento alheio, de parecer-se vulnerável. Mas afinal, quem nunca errou?

A importância de reconhecer o erro

Há um tempo, acompanhei situações pela imprensa que me fazem crer no ser humano ético e sincero. Ao assistir a um jogo de futebol, admirei um árbitro por reconhecer que errou ao punir um jogador com cartão. Ele admitiu para jornalistas, em rede nacional, com lágrimas nos olhos, temendo a punição que receberia. Também mais recente, um jogador de futebol livrou o adversário de uma penalidade injusta, admitindo a própria falha. Outro motivo de surpresa, numa importante premiação do cinema, ocorreu uma confusão na hora da entrega de um dos prêmios principais. No outro dia, a pessoa responsável pelo equívoco estava falando com toda a imprensa, explicando o acontecido, expondo-se, sem fugir das responsabilidades que lhe cabiam.

Atitudes raras em nosso cotidiano! Exemplos de que a melhor saída para os erros é enfrentá-los e não querer escapar a todo custo. Acostumamo-nos tanto com o errado, que fazer o certo causa espanto ou até mesmo serve de chacota entre os mais próximos. Como se o mundo fosse dos espertalhões, que não passam de tolos querendo tirar vantagem de tudo e de todos.

Aprendizados, lições e transformação

Numa atitude de impulso ou até mesmo de defesa, é mais fácil desviar-se ou apontar para o próximo. Encarar as próprias falhas é um processo dolorido e de crescimento, que pode gerar bons frutos como um novo cargo, a liderança de um projeto, a empatia de um chefe e o respeito da família. Trata-se de um exercício de humildade, de autoconhecimento e uma oportunidade para ressignificação de nossas atitudes e encontro de novos caminhos.

Afinal, não nascemos completos nem preparados. Passamos por aprendizados, mudanças que nos trazem novas lições. Situações inesperadas podem ser enfrentadas com clareza e verdade, basta estarmos abertos para entendermos os ciclos. Caso você se identifique nesta condição, aproveite a chance para refletir e tentar melhorar. A transformação está em nós e não nas pessoas ou coisas.

Mantenha-se numa postura transparente, sem esconder seus pontos fracos perante os demais. Julgar-se autossuficiente pode ser uma armadilha para sua evolução. Somos humanos em busca de melhorias sempre!

Ioná Piva - Atualmente é professora da Faculdade Canção Nova (Jornalismo e Rádio e Televisão). Mestre  em Comunicação Social pela  linha de pesquisa  Inovações Tecnológicas na Comunicação Contemporânea

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