Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Documento aduaneiro, que será disponibilizado a partir de setembro, permite exportação e importação de bens temporariamente sem a incidência de impostos, com procedimentos mais ágeis e simplificados

O Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiep será a instituição responsável pela emissão no Paraná, a partir de setembro, do ATA Carnet. O documento aduaneiro, que o Brasil passa a utilizar este ano, permite a exportação e importação de bens temporariamente sem a incidência de impostos, por meio de procedimentos mais ágeis e simplificados que os tradicionais. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) venceu o edital público para ser a instituição garantidora e emissora do ATA Carnet no país durante cinco anos, sendo que a operação será realizada pelos CINs das 27 Federações de Indústrias estaduais.

O Brasil é o 75º país no mundo e o primeiro do Mercosul a aderir ao ATA Carnet – acrônimo das expressões Admission Temporaire, em francês, e Temporary Admission, em inglês. Com isso, a aduana brasileira também passa a reconhecer, já a partir do início de julho, ATAs de outros países. As empresas podem utilizar o documento em três tipos de operação: para transportar amostras comerciais, equipamentos profissionais ou artigos para apresentação ou uso em feiras, exposições e eventos semelhantes. Os produtos podem circular em mais de um país com o mesmo documento por 12 meses.

“A adoção do ATA Carnet será um importante instrumento para facilitar a apresentação de produtos brasileiros no exterior, o que é um passo fundamental para a conquista de novos mercados e a ampliação de nosso comércio exterior”, afirma o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. “A Fiep já está se preparando para a emissão do documento e, a partir de setembro, prestaremos mais este relevante serviço à indústria paranaense”, completa.

Os 74 países que já trabalham com o ATA Carnet representam quase 75% do fluxo de comércio exterior (importação e exportação) do Brasil. Entre eles, estão alguns dos principais parceiros comerciais do país, como Estados Unidos, China, Alemanha, Japão e México. Em 2015, os 178 mil carnês emitidos cobriram mercadorias avaliadas em mais de US$ 30 bilhões. No Brasil, este ano, o novo sistema facilitará também a entrada de equipamentos esportivos de atletas que virão ao Rio de Janeiro disputar os Jogos Olímpicos.

O termo de compromisso para a execução do serviço foi assinado nesta semana, em Brasília, pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, e o secretário da Receita Federal do Brasil, Jorge Rachid. "É um avanço para facilitar os processos de comércio exterior no país e teremos condições de fazer isso em âmbito nacional", afirmou Andrade. Rachid também destacou a importância da medida para a facilitação dos negócios. “Este ato é um grande passo para a melhoria da nossa competitividade. Agora, uma operação firmada aqui é uma operação reconhecida pelo mundo. Este é um grande avanço para a indústria brasileira”, disse.

Garantias

Em todos os países, uma única organização empresarial aprovada pela aduana é responsável por garantir que tributos e taxas serão pagos em caso de irregularidades no uso do documento – venda de bens ao invés de repatriação, por exemplo. As entidades garantidoras são filiadas à Câmara Internacional de Comércio (ICC, sigla em inglês para Internacional Chamber of Commerce). No Brasil, essa responsabilidade é da CNI.

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.