Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Depois de seis anos, o Frigorífico do Peixe de Cornélio Procópio vai voltar a produzir com investimento de R$ 10 milhões pela Coopermota (Cooperativa Agroindustrial) que assumiu na sexta-feira, 17, as atividades na região. O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), o deputado federal Reinhold Stephanes Júnior (PSD) e o prefeito Amin Hannouche (PSD), entregaram as chaves do frigorífico à direção da cooperativa, com sede em São Paulo e unidades no Norte do Paraná.

Romanelli avalia ainda que o frigorífico vai criar 100 empregos diretos e centenas indiretos com a produção, beneficiamento e comercialização dos peixes pela cooperativa. “Hoje é um dia muito importante porque a prefeitura de Cornélio Procópio passa a chave do Frigorífico do Peixe a uma cooperativa da região. Entre seis e oito meses, o frigorífico estará adequado para fazer o processamento do pescado, especialmente da tilápia”, disse o deputado.

O deputado ainda anunciou a construção de uma fábrica de rações e de uma graxaria para dar suporte à produção e comercialização. “Esse investimento vai agilizar e otimizar a estruturação desta planta industrial. E o importante é que o trabalho será executado no sistema cooperativista.  Participamos do processo de construção da solução para o frigorífico no governo federal, com o apoio do deputado Stephanes Júnior”.

Empregos

A associação que assumiu a produção em 2005 não conseguiu manter o negócio por falta de recursos. O último abate aconteceu em 2015, quando as portas foram fechadas, até que uma solução fosse encontrada para retomar a produção. Com o apoio dos deputados Romanelli e Stephanes Júnior, a reabertura do frigorífico avançou e agora uma cooperativa, ligada a aquicultura e que atua na produção de rações e outros produtos agropecuários, retomou as atividades.

A expectativa é de que em até oito meses a produção seja intensificada com a criação de 100 empregos diretos, disse o prefeito Amin Hannouche. Ele espera que outros mil empregos sejam criados indiretamente, com a produção dos alevinos nos pesque-e-pague da região e a comercialização dos peixes industrializados no mercado regional e nacional.

Mercado

Romanelli avalia que o principal empecilho para a retomada das atividades estava por conta da comercialização da produção. “Temos produção suficiente para abastecer o mercado e o peixe produzido no Norte Pioneiro é de alta qualidade.  Com a Coopermota no gerenciamento do frigorífico, temos a expertise na comercialização da produção”.

No Paraná, o principal centro de produção de peixes está em Toledo e Cascavel, no oeste. A região responde por 69% da produção estadual de peixes. O Norte Pioneiro produz entre 8% e 9% de todo o peixe produzido no Estado. Os principais produtores estão na região de Londrina, Cornélio Procópio e Maringá.

A tilápia responde por 95% dos peixes produzidos no Estado. O restante se divide entre carpas, trutas e pangas. Em 2016, a produção de peixes no Paraná foi de 93,6 mil toneladas. No ano seguinte, esse número saltou para 112 mil toneladas e chegou a 129,9 mil toneladas em 2018.

O Paraná é líder na produção de peixes no país. De 2019 para 2020, a produção cresceu 11,5% frente aos 5,9% de crescimento da média nacional. Em 2019 foram produzidas 154.200 toneladas. Já no ano passado foi registrada a produção de 172 mil toneladas.

A liderança paranaense é apontada ainda pela Associação Brasileira de Piscicultura. O estado representa 21,4% da produção nacional. São Paulo (74.600 toneladas), Rondônia (65.500 toneladas), Santa Catarina (51.700 toneladas) e Maranhão (47.700 toneladas) completam o grupo dos cinco principais produtores do País.

blog_marcos_junior@hotmail.com

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.