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Compra de energia no mercado livre é uma alternativa que pode proporcionar uma economia de mais de 40%

Em meio a um cenário econômico difícil, em que a energia elétrica representa a 2ª maior despesa dentro de um supermercado, o I Encontro dos Empresários Supermercadistas do Paraná, realizado pela Apras (Associação Paranaense de Supermercados) reuniu supermercadistas de todo o Paraná para discutir e ouvir especialistas sobre as alternativas para reduzir os custos dentro de uma loja. Uma das opções, que seria colocar portas nos balcões refrigerados, proporciona uma redução de 70% no consumo de energia elétrica. Já com a troca das lâmpadas incandescentes pelas LED, é possível economizar mais de 50%.

Outra questão levantada e exemplificada pelo Condor Super Center foi a compra de energia no mercado livre. Com isso, a rede alcançou uma economia de mais de 40% no valor de suas contas de luz. O diretor do Condor, Aliceu Brambila, destaca que é preciso tomar cuidado com esta alternativa, já que ela deve ser bem pensada e ter o respaldo de um profissional que entenda o assunto. “O mercado livre pode trazer excelentes resultados, mas ele é arriscado, assim como os investimentos na Bolsa de Valores. Por isso, é preciso pensar bem e analisar cada caso antes”, sugere.

O engenheiro da Eletrofrio, Rogério Marson, conta que em 2013 não havia interesse do setor pelos balcões refrigerados fechados, mas que devido ao aumento na conta de luz, hoje eles são os mais procurados. “2014 e 2015 foram os anos da refrigeração comercial brasileira, pois passamos por um processo de eliminação do gás R-22, que agride ao meio ambiente, e também procuramos desenvolver novos projetos que ofereçam uma eficiência energética maior”. Marson também ressaltou que atitudes simples, como a manutenção preventiva, pode fazer a diferença na conta de luz no final do mês.

Além da energia elétrica, os supermercadistas também abordaram o tema “Gestão de Cartões”. Hoje, 76% das pessoas têm algum tipo de cartão e 60% das vendas de um supermercado é feita por um cartão de crédito ou débito. Hoje, a taxa dos cartões varia entre 1% a 2%. No Chile, a taxa é 0,55% e nos EUA é de U$0,35. Neste cenário, se tornou imprescindível manter um contato direto com as adquirentes de cartão para negociar taxas. “Qualquer 0,10% de redução representa muito para um supermercado em relação a nossa margem”, afirmou o diretor da Apras, Adaílton Santos.

Esta busca por alternativas que reduzam as despesas dos supermercados é fruto do momento econômico difícil que o Brasil está passando. “Em momentos como este, temos que olhar para dentro das nossas empresas e verificar o que podemos fazer para reduzir as nossas despesas. Também é em situações como esta que vemos a importância de um setor unido, que trabalha de mãos dadas para sanar as dificuldades que não é de um só, mas de todos os empresários”, disse o presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta.

Para um setor forte, é necessário que todos os estados do Brasil se unam e foi com este propósito que o presidente da Agas (Associação Gaúcha dos supermercados), Antônio Cesar Longo, veio do Rio Grande do Sul para marcar presença no evento. “Os nossos problemas são os mesmos, defendemos as mesmas pessoas, os consumidores e os supermercados e, independente do estado,precisamos estar abertos a trocar experiências”, declarou Longo.

O presidente da Apras também afirmou que este é o primeiro de muitos outros encontros. “Estávamos esperando 80 pessoas no evento, mas acabamos recebendo o dobro. Com o sucesso deste encontro, tenho certeza que realizaremos muitos outros eventos com temas de interesse para os supermercadistas”.

Veronica Gavloski/Asimp

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