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Vida louka pelo mundo lá fora/Antimanicomial, vida é normal/Que brilha lá fora/Nosso meio de tratamento mental. Estes são os primeiros versos da música que Adriano Luís da Silva compôs durante uma das oficinas de musicoterapia promovidas pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) de Rolândia.

Coordenadas pela educadora física Márcia Massan, as aulas de musicoterapia – que são diferentes de aulas de música convencionais – acontecem todas as quintas-feiras pela manhã e permitem aos pacientes expressarem, através do corpo e da música, a vivência do dia-a-dia.

“A oficina terapêutica é centrada na ação que se processa nos elementos da música, produzidos por instrumentos musicais alternativos, como latas, e pela própria voz e corpo junto com o violão da professora”, afirma Márcia. “De repente, as mãos na mesa começam a se expressar; essa é a musicoterapia.”

Adriano Luís da Silva fez a composição de letra e música durante oficina terapêutica promovida pelo CAPS II na Semana de Comemoração à Luta Antimanicomial, de 18 a 24 de maio. “Adriano conta que aos 17 anos começou a aprender música na igreja, mas abandonou. A oportunidade surgiu na oficina de musicoterapia de resgatar o talento que estava interrompido”, diz o coordenador da entidade, Fábio Figueira.

Segundo ele, há bem pouco tempo a sociedade considerava que as pessoas portadoras de transtorno mental deveriam ser afastadas do convívio social por estranharem seus comportamentos e pensamentos. Algumas pessoas, inclusive, ficaram esquecidas por muitos anos em grandes hospitais psiquiátricos, os manicômios.

“Felizmente, hoje em dia a sociedade vem aprendendo a conviver, a respeitar as diferenças e a reconhecer que o portador de transtorno mental tem seu valor e também tem o direito de exercer sua cidadania, assim como todos nós”, avalia Figueira. “Neste sentido, o CAPS II de Rolândia vem lutando para que estas pessoas sejam reinseridas e acolhidas em suas famílias, pela comunidade e tenham oportunidades de trabalho.”

As pessoas atendidas no CAPS II recebem apoio em suas iniciativas de busca de autonomia, atendimento médico e psicológico, além de poderem participar das oficinas terapêuticas. “E foi em um destes espaços, coordenado pela Márcia Massan, que percebemos pessoas interessadas e com potencial para a música”, afirma Fábio Figueira.

“A principal força da música é ser um veículo para a autoexpressão emocional onde o indivíduo utiliza a música como um canal expressivo através do qual pode experimentar e desenvolver a musicalidade e expressar suas opiniões e visão de mundo”, ele acrescenta.

Imprensa/Prefeitura de Rolândia

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