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Dirigentes do Sebrae/PR, Sistema Fiep e Sistema Fecomércio fazem uma análise do momento econômico para lideranças, proprietários e profissionais de rádios e tevês, durante 23º Congresso Paranaense de Radiodifusão, realizado em Foz do Iguaçu

Em tempos de crise, os empresários não devem deixar-se contaminar pelo pessimismo. O momento é de cautela, mas também de oportunidades. As entidades empresariais são parcerias para enfrentar a ‘turbulência’ e a imprensa tem papel fundamental de informar e divulgar exemplos de superação. Estas são algumas das mensagens deixadas por dirigentes empresariais durante o 23º Congresso Paranaense de Radiodifusão, realizado em Foz do Iguaçu, na última sexta-feira, dia 13 de novembro.

O diretor-superintendente do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta; o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo; e o presidente do Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), Darci Piana, participaram do painel “Como transformar crise em oportunidade - O papel das entidades empresariais e a missão dos comunicadores”, mediado pelo jornalista Gilson Aguiar, âncora da rádio CBN Maringá.

O evento, organizado pela Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP) em parceria com o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Paraná (Sert), reuniu lideranças, proprietários e profissionais de rádios e tevês com atuação em todo o Estado. Em pauta, o momento econômico, as soluções oferecidas pelas entidades para a indústria, comércio e pequenas empresas e os desafios a serem superados em 2016.

Para ilustrar como as entidades empresariais apoiam negócios - seja nos bons ou nos maus momentos -, foram exibidos, durante o painel, vídeos com dois casos de sucesso. O primeiro, de uma indústria de embalagens no município de Palmeira. Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no Paraná (Senai-PR), a empresa desenvolveu um programa de capacitação de seus colaboradores que resultou em mais eficiência e produtividade. O segundo, de uma microempresa que, com consultorias do Sebrae/PR, tem se estruturado e ampliado seus negócios.

Tioqueta falou da ‘cesta anticrise’ (www.sebraepr.com.br/oportunidadesnacrise) pensada pelo Sebrae/PR para auxiliar empresários de micro e pequenas a avaliar cenários, rever processos e dedicar seu tempo à análise de questões estratégicas, como o mercado e o consumo e seu comportamento. O pacote, que pode ser acessado gratuitamente, oferece ainda estudos avançados, apresentados em forma de relatórios setoriais e e-books, e vídeos com entrevistas de empreendedores que, mesmo na dificuldade, deram a volta por cima e um novo rumo para seus empreendimentos.

“Diferente da crise de 2008, quando as micro e pequenas empresas conseguiram gerar empregos graças ao mercado interno aquecido, esta crise é diferente e atinge os pequenos negócios, que passam por inúmeras dificuldades. Mas não podemos desistir, porque os pequenos negócios representam 95% das empresas formalizadas no País. Temos muitos empresários capacitados e prontos para promover mudanças em seus empreendimentos e enfrentar o momento, com criatividade e capacidade de reflexão. Conhecimento e planejamento são aliados importantes nessas horas, com eles se vai longe. Transformemos o círculo vicioso da crise num círculo virtuoso”, sugeriu Tioqueta.

Para Edson Campagnolo, mesmo com muitas questões relacionadas à retomada da atividade econômica brasileira dependendo essencialmente de decisões políticas, as empresas também precisam promover mudanças internas para se tornarem mais competitivas neste momento. O presidente da Fiep destacou que, para isso, as empresas podem contar com o apoio das nove entidades que compõem o Sistema S no Estado, dentre elas o Senai; o Serviço Social da Indústria (Sesi); o Serviço Social do Comércio (Sesc); o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac);  e o Sebrae/PR.

Os empreendedores, na opinião de Campagnolo, devem sempre estar atentos às oportunidades e preparados para aproveitá-las, especialmente em momentos de crise como o atual. Uma dessas oportunidades, na sua avaliação, é a possibilidade de buscar o mercado externo, já que existe uma retração no mercado interno e o câmbio é favorável a exportações. “A indústria tem que se abrir mais, porque existem muitas oportunidades no mundo”, declarou.

O presidente da Fecomércio, Darci Piana, destacou, como ponto positivo para se enfrentar a crise, a sinergia e integração das entidades empresariais do Paraná no apoio às empresas. “Cada entidade desempenha o seu papel, seja no comércio, seja na indústria, seja nas pequenas empresas, beneficiando muitas pessoas. E isso faz toda a diferença porque mostra a organização e preocupação com todos os segmentos do setor produtivo”, afirmou Piana, lembrando que só no Sesc e no Senac, entidades vinculadas à Fecomércio, são atendidas em média 700 mil pessoas/mês em busca de cursos e ações educativas.

Piana defendeu a educação como a melhor alternativa para superar momentos difíceis e disse que o governo precisa fazer “sua lição de casa”, para que o entusiasmo volte ao setor empresarial. “A nossa crise não é de consumo nem de produção, é de excessos do governo. O mercado está com menos dinheiro, o comércio não vende e indústria não produz.” O presidente da Fecomércio pediu ainda aos participantes do Congresso Paranaense de Radiodifusão para que levem, por meio de seus noticiários, estímulo aos empresários. “Cabe à imprensa também incentivar as famílias, nesse processo de recuperação”, assinalou.

Além das melhorias internas que a empresas podem promover neste momento, o presidente do Sistema Fiep também disse entender que é fundamental uma maior mobilização de toda a sociedade para que ocorram mudanças estruturantes no Brasil que permitam a retomada do crescimento. “O que está acontecendo em nosso País hoje é fruto da nossa omissão, por que não estamos fiscalizando aqueles que elegemos. Nesse sentido, os radiodifusores têm um papel importante para que as pessoas participem mais da vida política das cidades, dos estados e do País”, aconselhou Campagnolo.

Para ele, a radiodifusão tem a missão também de recuperar o ânimo do País diante de tantas dificuldades. “O Brasil é um país rico em recursos naturais e com um enorme potencial”, afirmou, citando ainda declarações do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, que na quinta-feira, dia 12, participou do 10º Encontro Nacional da Indústria, em Brasília, evento que contou com a presença de uma comitiva da Fiep. “O Brasil é um país que tem totais condições de superar a crise. Por isso, não é o momento de perder a fé no Brasil”, conclui Campagnolo.

Asimp/Sebrae/PR

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