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Encontro,  em Londrina, no próximo dia 17, irá apresentar modelo da CDACA, uma associação americana criada a partir da união da inciativa privada, poder público, instituições religiosas, com o objetivo de diminuir iniciação ao uso de substâncias entre os jovens

No próximo dia 17 de outubro, a psiquiatra Alessandra Diehl, em parceria com o Instituto Norte Paranaense de Psiquiatria, Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e Outras Drogas (Abead) e a ASSOCIAÇÃO PRO COALIZÕES COMUNITÁRIAS ANTIDROGAS DO BRASIL promovem um encontro em Londrina para apresentar a metodologia científica de prevenção ao uso de álcool e outras drogas por crianças e adolescentes.

A intenção é criar uma Coalizão Comunitária para atuar no norte do Paraná, seguindo os moldes da ASSOCIAÇÃO PRO COALIZÕES COMUNITÁRIAS ANTIDROGAS DO BRASIL. A entidade, com sede em Pindamonhangaba (São Paulo), é norteada pela atuação da CADCA (Comnunity Antidrug Coalitions of America), que tem como lema "comunidade segura, saudável e livre das drogas". O padrão da comunidade internacional tem como base a união da inciativa privada, poder público, instituições religiosas, entre outros.

A proposta da ASSOCIAÇÃO PRO COALIZÕES COMUNITÁRIAS ANTIDROGAS DO BRASIL é criar Programas de combate e prevenção às drogas através de Coalizões Comunitárias Antidrogas, seguindo modelo da união dos doze setores da CADCA adaptados à realidade brasileira; interligar-se com organizações que se disponham a trabalhar em conjunto com o programa das coalizões; e firmar apoio com empresas públicas, privadas, instituições religiosas, sociais e demais instituições, entre outros.

O próximo desafio da ASSOCIAÇÃO PRO COALIZÕES COMUNITÁRIAS ANTIDROGAS DO BRASIL é ampliar a atuação em outros estados, como o Paraná. Na opinião da psiquiatra Alessandra Diehl, se envolver numa ação como está tem um propósito inspirador: contribuir com a diminuição significativa no número de usuários de substâncias e construir um mundo melhor para aqueles que nos são caros.!

Alessandra Diehl também é vice-presidente da Abead e defende que quando o assunto é a dependência química a prevenção ainda é o melhor remédio. E a prevenção, para ela, deve começar já na infância, quando os pais, e escola e comunidade transmitem para os pequenos bons princípios. “A boa formação das crianças vai definir o comportamento delas no futuro. Os valores humanos, como a empatia, o respeito, a solidariedade, a honestidade, entre outras atitudes cultivadas desde a infância, vão basear as decisões de uma pessoa no futuro”, acredita a psiquiatra.

O “papo reto” sobre os perigos do álcool e as drogas deve acontecer na adolescência, momento em que o caráter e a personalidade ainda estão em formação. “Sem dúvida a adolescência é um período da vida crucial em que escolhas, pertencimento, formação de identidade e atitudes vão influenciar positiva ou negativamente no futuro próximo”, diz Alessandra Diehl.

Segundo ela, o consumo de bebidas alcoólicas nesta fase pode estar atrelado a uma diversidade de vulnerabilidades tais como a violência, a vitimização, atividade sexual desprotegida, prejuízo acadêmico, evasão escolar, envolvimento em gangues, brigas, prática de bullying, gravidez precoce e não desejada, abortamento, risco de infecções sexualmente transmissíveis, além de trauma se acidentes relacionados ao consumo de álcool. “Todas estas consequências tendem a gerar problemas importantes do ponto de vista de saúde pública, que demandam alto custo para toda a sociedade, e também em nível individual com repercussões que podem ser para a vida toda”, alerta Alessandra Diehl.

As consequências para a saúde do uso de bebida nessa faixa etária são graves. “O cérebro adolescente ainda está se desenvolvendo e as sintonias finas neuronais, ainda em organização, as quais são fundamentais nesta fase da vida, irão impactar sobremaneira no aprendizado, no comportamento e na afetividade, por exemplo, desses jovens”, informa a psiquiatra.

A relação entre os jovens e a bebida

A educação permissiva e os exemplos dos pais são alguns dos motivos que levam os jovens a beberem. Na cultura brasileira, o ato de beber cerveja não é considerado como algo perigoso, porque o produto não é associado por parte da população á categoria de bebidas alcoólicas. As próprias propagandas de cerveja trazem como protagonistas ícones do esporte, da música e outras celebridades e contribuem com a banalização do consumo dessa bebida. “A mensagem transmitida pela publicidade é que beber faz parte da socialização, trazendo a sensação de ‘pertencimento’. Os pais precisam se posicionar com mais força sobre essa questão e passar o exemplo de que é possível curtir bons momentos sem beber álcool. Eles precisam se conscientizar que a educação começa dentro de casa”, argumenta a vice-presidente da Abead.

A mudança de comportamento das famílias não é o único caminho para diminuir a incidência do álcool entre os jovens, na opinião de Alessandra Diehl. Ela ressalta que o Brasil não investe em políticas públicas capazes de afastá-los do álcool. Um exemplo é a legislação falha. “Pesquisas mostram que o jovem brasileiro consegue facilmente comprar bebidas alcoólicas sem que o vendedor sequer peça algum documento. É necessário ampliar ações de prevenção primária em escolas e comunidades, assim como, haver maior fiscalização e execução de boas leis que já existem”, conclui Alessandra Diehl.

Giovana Chiquim/Asimp

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