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O Paraná é o segundo Estado com maior número de vagas oferecidas pelo Portal Mais Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2015. De janeiro a agosto, o Estado acumulou 165,3 mil vagas ofertadas, atrás apenas de São Paulo (419,2 mil vagas), maior economia do País.

O Estado está bem à frente do Rio de Janeiro (76,8 mil) e Rio Grande do Sul (75,2 mil). Segundo levantamento do Ministério do Trabalho, o Paraná tem, atualmente, 5.730 vagas abertas, o que representa 14% das oportunidades do País, de 41,2 mil. O Portal Mais Emprego reúne em um único banco de dados as informações de trabalhadores e vagas ofertadas nas agências de emprego do Sistema Nacional de Emprego (Sine), em âmbito nacional.

Para a secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, o número de vagas oferecidas no Paraná demonstra que a desaceleração do mercado de trabalho vem sendo menos acentuada no Estado. “Temos uma política de geração de emprego e renda e não podemos deixar de citar o Programa Paraná Competitivo, que atrai muitas empresas para o Estado e, consequentemente, contribui para novas oportunidades de empregos para os paranaenses”, diz Fernanda.

Destaque

No ano, a agropecuária foi o setor que mais gerou vagas, com 58.960, seguida por serviços (54.213), comércio (35.364), indústria (13.448) e financeiro (3.299).

De acordo com Juliano Antônio Rodrigues Padilha, economista do Observatório do Trabalho da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, o Paraná vem se destacando graças ao vigor da sua produção agropecuária e aos investimentos industriais que estão em curso no Estado. Mesmo com a crise econômica, a atividade agrícola vem crescendo mantendo a geração de vagas no azul.

Dados do CAGED

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostram que de janeiro a julho a oferta de emprego no setor – medido pelo saldo entre admissões e demissões – foi de 4.999 vagas, o que representa crescimento de 45,82% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o Caged, na comparação anual, a pecuária foi o setor campeão na geração de vagas – passou de 612 para 1.134 postos. “No caso da pecuária, o grande destaque foram os frigoríficos, que estão exportando mais com o dólar mais alto. Com isso, aumentam o abate de animais e contratações”, afirma Padilha.

As lavouras permanentes, principalmente dedicadas ao cultivo de laranja, também aumentaram as contratações. Depois de um saldo negativo de sete vagas de janeiro a julho de 2014, as lavouras passaram para um resultado positivo de 444 vagas no mesmo período de 2015.

Nas lavouras de grãos, por sua vez, houve um aumento do saldo de vagas de 94 para 313 e, no setor florestal, cujo resultado estava negativo em 82 empregos, passou para um balanço positivo de 305 vagas em 2015.

Indústrias

O novo ciclo de investimentos do Estado, incentivado principalmente pelo programa Paraná Competitivo, também estimula a geração de emprego e a oferta de vagas no Interior, de acordo com Padilha.

Em Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais, a oferta de vagas na agência do trabalhador do município aumentou 95% de janeiro a julho de 2015 na comparação com o mesmo período do ano passado – de 1.814 vagas para 3.532 vagas. O crescimento é reflexo dos investimentos da Klabin, que está construindo uma fábrica de celulose no município vizinho de Ortigueira. São vagas para profissionais da construção civil, eletricistas e soldadores.

Em Pontal do Paraná, no Litoral paranaense, a oferta de vagas na agência aumentou 33% nesse ano, para 551 de janeiro a julho, com as obras da Techint, que constrói plataformas de petróleo.

Estrutura

O Paraná tem 220 agências do trabalhador que funcionam em parceria com as prefeituras e o Ministério do Trabalho e Emprego, além das unidades de Londrina, Ponta Grossa e Maringá, que são vinculadas a prefeituras.

De acordo com Padilha, com a crise econômica e o enxugamento de quadros na área de Recursos Humanos, muitas empresas vêm usando a própria estrutura das agências para fazer a seleção de candidatos. A expectativa é que a agropecuária continue a puxar as contratações até o fim do ano, principalmente na área de abate de carnes, e ajude a manter a geração de vagas aquecida no Estado.

AEN

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