Depois da quebra da safra do no ano passado, a produção de paranaense de laranja deve voltar a crescer em 2016. A projeção do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento é de uma produção de 810,9 mil toneladas - 11,6% superior à do ano passado, de 726,6 mil toneladas. A previsão é que o Valor Bruto da Produção (VBP) da atividade alcance R$ 277,4 milhões, o mais alto da última década, embalado pela melhora dos preços internacionais.
A colheita vai de julho a dezembro, mas algumas variedades precoces começam a ser colhidas em junho. No ano passado, a projeção inicial era de uma produção perto de 1 milhão de toneladas, mas problemas climáticos – como geada no inverno e seca na primavera – comprometeram a safra.
De acordo Andrade, nessa temporada o produtor vai se beneficiar da combinação de queda dos estoques – provocada pelas perdas de produção em São Paulo e Minas Gerais e na Flórida, nos Estados Unidos - e da melhora dos preços internacionais.
Os preços dos contratos fixados com as indústrias estão animando os citricultores. Enquanto na safra passada o preço pago pela caixa de 40,8 kg estava em R$ 10,50, nessa temporada chegam a R$ 15,00 por caixa.
A laranja produzida nos pomares do Paraná é transformada em suco pelas indústrias, com foco na exportação para países da União Europeia, do Oriente Médio, Estados Unidos, Austrália e Canadá.
O Paraná possui três indústrias de suco – Louis Dreyfus; a Citri Agroindustrial S/A, uma empresa privada de citricultorese a Cooperativa Integrada. As exportações se beneficiam do dólar mais caro e da baixa oferta de laranja no mercado internacional, que pressiona as cotações para cima.
O cenário favorável para a citricultura abre espaço para o desenvolvimento mais forte do setor no Paraná. Em setembro de 2016, Foz do Iguaçu vai sediar o XVIII International Citrus Congress, principal evento mundial do setor, que tem o apoio do Governo do Paraná e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) .
CITROS – A produção de citrus – laranja, limão e tangerina – representa 62% da colheita de frutas no Paraná. Dentro da citricultura, a laranja responde por 54% da produção, seguida pela tangerina, com 7%, e o limão, com 1%. O município de Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), é hoje o principal produtor brasileiro de tangerina, com 89 mil toneladas colhidas em 2014, de acordo com o IBGE. O potencial já atraiu investimentos, como o da Citros Union, empresa que anunciou a instalação de uma fábrica na cidade para produção de óleo essencial a partir da fruta.
Redação/J.U com informações Agência de Noticias do Paraná
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