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Documento foi elaborado em 2011, mas ações ainda não tiveram início

O Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV) paranaense, que tem como meta reduzir a emissão de gases e a poluição sonora, permanece sem data prevista para ser implantado. O documento, que atende à resolução nº 418/2009 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), foi elaborado em 2011, mas as medidas ainda não saíram do papel.

“Iniciamos 2015 e o processo de licitação para definir quais serão os organismos responsáveis pelas inspeções, que é um dos primeiros passos, está parado. Continuamos aguardando as ações do governo estadual e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP)”, afirma Wilson Bill, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Paraná (Sindirepa-PR).

A demora na execução do plano contrasta com o crescimento da frota paranaense, que aumentou 38% em sete anos, passando de 3,9 milhões para 6,4 milhões de veículos, segundo dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran). Só em Curitiba, são mais de 1,3 milhões de motores, número que também representa o total de mortes causadas no mundo em decorrência da poluição urbana, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Paraná, o PCPV deve estar atrelado ao licenciamento dos veículos, funcionando prioritariamente em Curitiba e na região metropolitana, abrangendo ainda as cidades de São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Araucária, Campo Largo, Almirante Tamandaré, Piraquara e Fazenda Rio Grande. Em seguida, a previsão é que as próximas fases contemplem gradativamente os demais municípios.

“Observamos várias iniciativas sustentáveis que avançam a cada dia, e o plano de controle de poluição veicular paranaense também precisa evoluir. Junto com ele, deve vir a preocupação com a inspeção de segurança dos veículos. Desta forma, serão verificados regularmente itens que podem causar graves acidentes se estiverem em condições inadequadas”, alerta Bill.

Benefícios

Na cidade de São Paulo, onde o plano já foi implantando – e está suspenso atualmente por problemas políticos –, foram constatadas melhorias em qualidade de vida durante o período de funcionamento. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que, em 2012, foram evitadas 559 mortes por problemas respiratórios, levando em conta apenas o controle das emissões dos veículos a diesel. Além disso, 1.813 internações deixaram de ocorrer em três anos, o que significou uma economia de R$ 320 milhões para o município.

De acordo com o presidente do Sindirepa-PR, ainda falta enxergar com clareza as vantagens que o plano pode proporcionar. Entre elas, a redução de custos hospitalares em decorrência de complicações respiratórias, a abertura de postos de trabalho no setor automotivo e investimentos em qualificação para atender às novas demandas. “Além disso, os proprietários de carros terão um veículo sempre em dia e a população contará com uma qualidade de ar melhor e níveis mais baixos de ruído”, avalia Bill.

Gabriela Titon/Asimp/Sindirepa

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