Rodada internacional de negócios em Arapongas aproxima fabricantes de móveis de exportadores
Evento, realizado na última semana, contou com a participação de compradores do Panamá, Colômbia, Guatemala e Honduras, além de 23 industriais do polo moveleiro da região, destaque no segmento
O Sebrae/PR, em pareceria com o Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (SIMA), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e Centro Internacional de Negócios (CIN), realizou, na semana passada, mais de 170 encontros empresariais entre lojistas e atacadistas do Panamá, Colômbia, Guatemala e Honduras, e 23 indústrias que fazem parte do Arranjo Produtivo Local (APL) de Móveis de Arapongas e Região - sendo que 16 já atuam no mercado de exportação e cinco estão iniciando o processo de internacionalização.
Os encontros foram promovidos durante uma rodada internacional de negócios, na qual importadores e fabricantes tiveram um contato inicial para apresentar produtos, esclarecer dúvidas e conhecer as demandas dos clientes de outros países. A programação da rodada internacional contou ainda com visitas às fábricas, onde os compradores tiveram a oportunidade de conhecer in loco os produtos, os processos de produção e a capacidade produtiva do polo moveleiro de Arapongas.
Para Julio Cesar Rodrigues, consultor do Sebrae/PR em Arapongas, a internacionalização dos negócios é uma estratégia para aumentar a competitividade das empresas de pequeno porte. “O comércio exterior é uma estratégia para prospectar novos clientes e promover o desenvolvimento sustentável dos negócios. As rodadas aproximam fornecedores e lojistas de outros países e mostram que as pequenas empresas também podem ingressar nesse mercado, desde que tenham produtos de qualidade e de alto valor agregado, como o design moderno, por exemplo. Basta dar o primeiro passo”, diz.
Essa foi a primeira vez que Gonzalo Gonzalez, da empresa panamenha Alta Cucine, veio para o Brasil, para conhecer o perfil das indústrias de móveis. Para ele, a rodada foi excelente. “Fiquei impressionado com a capacidade de produção e a qualidade das indústrias de Arapongas. Tive a oportunidade de conhecer fornecedores que eu não sabia que existiam.”
Victo Kawas, empresário de Honduras, já é ‘veterano’ no comércio exterior com as empresas brasileiras e importa mercadorias das indústrias de Bento do Sul, em Santa Catarina. Essa foi sua quinta visita ao Brasil, mas foi a primeira vez que o hondurenho viajou até Arapongas. “Conhecer as fábricas foi uma ‘escola’. Tivemos momentos de aprendizagem sobre o processo de fabricação e as rodadas foram muito bem organizadas. Foi uma experiência gratificante”, assinala.
O colombiano Andres Rios também acredita que a visita a Arapongas foi muito produtiva. “É um polo moveleiro eficiente, os produtos são diferenciados, têm bom design e grande variedade. Agora vamos analisar se os preços de adaptam a nossa realidade”, disse.
Para os fabricantes de móveis, a rodada de negócios também foi positiva. Akira Anami Junior, diretor comercial da Brisa Móveis, já atua no mercado de exportações há cerca de cinco anos e vende seus produtos para Bolívia, Paraguai, Chile e Peru. Conforme ele, um dos benefícios do comércio exterior é ampliar os nichos de mercado. “É mais um canal. Quando o comércio interno passa por adversidades, como as que estamos vivendo nesse momento, as exportações são uma forma compensar, de manter os pedidos e o faturamento”, avalia.
Outra vantagem apontada pelo diretor comercial diz respeito ao equilíbrio cambial. “Como importamos matéria-prima para a fabricação dos nossos produtos, estamos sujeitos à oscilação cambial. E quando exportamos também trabalhamos com o câmbio internacional, o que acaba equilibrando nosso fluxo de caixa”, conta Akira Junior.
Ele destaca ainda que as rodadas são muito importantes para expandir a atuação no comércio exterior. “O evento foi muito bem organizado e muito produtivo. Temos mais segurança em negociar com os novos clientes, porque sabemos que são confiáveis. Sozinhos, não teríamos condições de conhecê-los.”
Asimp/Sebrae
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