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Verão é a época ideal para a proliferação do molusco. Manuseio para eliminar o caramujo exige cuidado, pois espécie transmite doenças graves

O forte calor e as chuvas intensas que caracterizam o verão formam o clima propício para a reprodução não apenas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e da febre chikungunya, mas também do caramujo africano, molusco que tanto pode ser uma praga agrícola como um problema de saúde pública, visto que a espécie é capaz de transmitir um verme nematoide ao homem, que parasita o sistema nervoso central com extrema gravidade.

Segundo o supervisor de endemias da Secretaria de Saúde de Ibiporã, Aparecido Sérgio Francisco, os focos do molusco são encontrados em toda a cidade, principalmente em terrenos baldios, por conta do mato alto e dos entulhos.

O contato com o caramujo ou com sua secreção pode causar um tipo de paralisia física e, inclusive, cegar a pessoa que teve contato direto com este molusco. Pode, também, causar a angiostrongilíase abdominal, doença caracterizada pelo comprometimento dos órgãos abdominais, especialmente na região do intestino grosso.

A transmissão do verme ocorre através do consumo de alimentos contaminados pelo muco que o caramujo deixa à medida que se move, ou pela ingestão direta do molusco. “Como se alimentam de plantas, é fundamental lavar e desinfetar bem verduras e hortaliças, deixando-as de molho por 15 minutos a meia hora, em aproximadamente uma colher de água sanitária para 1 litro de água”, orienta o supervisor de endemias. Outras medidas de prevenção são não ingerir o molusco, em hipótese alguma, e manter limpos os quintais das casas, retirando todo entulho e o mato, pois servem de abrigo para os caramujos.

Medidas de controle

O caramujo africano pode chegar a 200 gramas de peso, 10 cm de comprimento e 20 cm de altura. A sua concha é geralmente escura com manchas claras, alongadas e cônicas. Põe cerca de 200 ovos, que atingem a idade adulta em seis meses.

A Vigilância Sanitária de Ibiporã não conta com uma equipe específica para atuar nesta área, visto que todos os agentes trabalham atualmente nas ações de prevenção e combate à dengue. “Contamos com a colaboração da população. Caso encontre os caramujos, recomenda-se recolhê-los com uma luva ou sacos plásticos e entrar em contato com a Vigilância (3178 0307), para que uma equipe faça o recolhimento e os leve para incineração”, ensina Francisco. Outra sugestão é colocá-los dentro de um saco plástico com cal virgem ou sal, que desidrata, e faz com que o caramujo morra rapidamente.

O resíduo pode ser ensacado e descartado junto com o lixo (rejeito), mas é preciso quebrar as conchas para que elas não acumulem água e não se transformem em focos de mosquitos.

Em caso de terrenos baldios, os moradores podem comunicar a Secretaria de Obras (3178-8449), informando lote e quadro, que a equipe tentará entrar em contato com o proprietário e  providenciar a limpeza do espaço.

Medidas de Controle:

- Nunca toque diretamente nos caramujos, use sempre luvas ou sacos plásticos;

- Coloque-os em sacos de lixo e entre em contato com a Vigilância Sanitária para recolhê-los e incinerá-los;

- Após esta coleta, coloque as luvas e os sacos plásticos em sacos de lixo e deixe-os nas Unidades de Saúde juntamente com os resíduos de saúde e lave muito bem com as mãos com água e sabão.

Medidas de prevenção

- Não ingerir o molusco, em hipótese alguma;

- Manter limpos os quintais das casas, retirando todo o entulho e o mato, pois servem de abrigo para os caramujos;

- Não utilizar a concha como objeto de artesanato porque podem estar contaminadas;

- Evitar a proliferação dos ovos do caramujo na terra a ser utilizada para o cultivo de plantas em vasos.

Asimp/PMI

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