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Atenção básica é porta de entrada para casais de Tamarana que buscam controle de natalidade

Bem diferente do tempo de seus avós – ou até mesmos de seus pais –, casais que atualmente buscam maneiras para não engravidar mais contam com opções variadas à sua disposição. Há os métodos contraceptivos naturais, os hormonais, os de barreira, o Dispositivo Intrauterino (DIU) e ainda os definitivos. Como o próprio nome já diz, esses últimos são de difícil reversão. Tratam-se de cirurgias: a laqueadura para as mulheres e a vasectomia para os homens.

Em Tamarana, casais que desejam passar por um desses procedimentos têm tido como porta de entrada a rede municipal de atenção básica à saúde, através das Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) Plínio Pereira de Araújo, no Centro, e Padre Carmel Bezzina, no Jardim Juny.

Pelas UAPS, há cerca de dois meses, passaram a ser atendidos os moradores que anteriormente tinham de ir até ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar), em Londrina, para participar de grupos de orientação em relação ao tema.

"A intenção é não ter mais filhos e, sabendo que aqui tem esse processo, que a gente não precisa se deslocar [a Londrina], fica bem mais fácil", contou Ynaê Cristina de Almeida Souza Sasso, que, ao lado do marido, Leandro Sasso, foi atendida nas últimas semanas pela UAPS Plínio Pereira de Araújo. O casal recebeu da enfermeira Isis de Castro Valdrighi as primeiras orientações quanto às cirurgias.

"Devido à pandemia, a gente achou melhor fazer [as reuniões] individuais. A gente consegue se adaptar aos horários do paciente e ajuda a eliminar as filas do planejamento familiar no Cismepar", relatou a enfermeira.

Para os usuários, o contato com profissionais com quem já estão familiarizados também facilita para que a importante decisão seja tomada. "Nada como vir, conversar e resolver, porque, realmente, na internet a gente tem várias informações, mas nada, pelo menos para mim, como vir aqui, tirar as dúvidas, resolver mesmo o que a gente busca", acrescentou Ynaê.

A laqueadura e a vasectomia são ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, em Tamarana, os usuários são encaminhados ao Cismepar para as cirurgias. Porém, é preciso cumprir pré-requisitos para poder dar entrada nos procedimentos: é necessário ter ao menos 25 anos de idade (ou dois filhos), capacidade civil plena e o parceiro(a) deve concordar formalmente com a decisão. "A gente percebe [em Tamarana] uma busca por parte de casais que têm poucos filhos e que estão querendo não ter mais nenhum filho", observou a enfermeira da UAPS.

"O planejamento familiar é um programa baseado na Declaração de Pequim, que define que tanto a mulher quanto o homem têm o direito de prevenir a gestação. Esse tratado também diz que, antes da escolha de qualquer método contraceptivo, o casal precisa ser esclarecido sobre todos eles", pontuou o diretor municipal de Ação em Saúde, Leandro Feronato.

Segundo Isis Valdrighi, após passarem pela UAPS e darem entrada no pedido, casais como Ynaê e Leandro ainda terão um determinado prazo para verem a decisão concretizada. "Tem esse período de seis meses que é para a pessoa pensar se ela quer [realizar a cirurgia], porque é um método considerado definitivo. Então, ela pode se arrepender. Uma pessoa que nunca teve filhos, com 20 e poucos anos, pode conhecer alguém mais tarde, querer ter filhos e não conseguir mais".

"A chance de reversão dos métodos definitivos é muito pequena. Por isso, a gente sempre orienta muito quanto aos outros métodos, porque eles podem ser revertidos", reforçou o diretor de Ação em Saúde do município.

Casais interessados em ter orientações a respeito dos métodos contraceptivos (sejam eles definitivos ou não) podem procurar as UAPS Plínio Pereira de Araújo (Rua Ubaldino de Sá Bittencourt, s/n, Centro) e Padre Carmel Bezzina (Rua Durval Azevedo Costa, 168, Jardim Juny) de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O telefone da primeira é o 3398-1983. Já o contato com a Carmel Bezzina é pelo 3398-1987.

Lucas Marcondes Araújo/NCPMT

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