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Milla Summers fala sobre preconceito e discriminação que já sofreu e de como o Dia Internacional da Mulher pode acabar sendo usado para alimentar discurso de ódio reverso contra os homens e um vitimismo indesejado

A musa fitness Milla Summers foi um dos destaques do Carnaval paulista pela Gaviões da Fiel e fez bonito na Avenida. No entanto, para além de toda a beleza e alegria na avenida, a musa abriu o coração e fez revelações sobre os preconceitos que já sofreu simplesmente por ser mulher e de como muitos não compreendem o que passam

Infelizmente, todo início do mês de março algumas pessoas se aproveitam do que a data representa, e da sua importância na luta por igualdade de gêneros, para emplacar certo ódio aos homens, que tem mais a ver com um machismo reverso do que com 'empoderamento' das mulheres, e eu não concordo com isso, de explorar a data desta maneira”, revela Milla Summers.

Milla Summers se posiciona contra a questão do assédio e tem posição clara sobre o que poderia mudar o jogo na questão do assédio sofrido por mulheres no mundo todo: "É claro que eu não acho a cantada no meio da rua, muitas vezes com palavras de baixo calão, uma coisa legal. Não é porque eu sou uma mulher sensual, que me visto da maneira que me agrada, ou porque eu sou musa do carnaval e desfilo com pouca roupa, que eu mereça sofrer assédio ou signifique que sou ‘fácil’. Sou muito bem casada e jamais daria confiança pra qualquer assediador que cruzasse meu caminho. No entanto, acredito que antes dessa “luta de classes” ou “guerra dos sexos”, o que deve predominar é o respeito ao outro. Se apenas nos respeitássemos, já seria muito significativa a mudança”. 

Sobre o preconceito, a musa da Gaviões afirma que ele existe e precisa ser combatido: “Infelizmente o preconceito é real, não é ‘mi mi mi'. Devido a uma cultura patriarcal, óbvio que ainda há homens que pensam que mulheres são inferiores, assim como há mulheres que consideram os homens dessa mesma forma. Mas a verdade é que o problema está em considerar o outro ser humano inferior a você. Todos são dignos de respeito, independente dos seus genitais”. 

Milla se põe como uma defensora da luta das mulheres pelo espaço na sociedade, mas não concorda com o discurso vitimista: "nós mulheres já provamos que não somos seres inferiores, e que temos competência tanto quanto qualquer homem e que temos nos destacado por isso. Eu rechaço o discurso 'vitimista', que tem pautado o politicamente correto, com a intenção de dividir para conquistar. Não são mulheres contra homens, temos que buscar a harmonia e a igualdade, e trabalhar juntos contra o preconceito e a desinformação. Respeito acima de todas as diferenças, sempre”.

Hebert Neri/ MF Press Global

#JornalUnião

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