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Apresentador do programa Quase Normais, Rômulo Moreira revelou ter sido vítima de relacionamento abusivo, o que desencadeou transtornos. O jornalista, que há duas semanas falou sobre a sua luta contra a depressão, abriu o coração e contou os ‘horrores’ que viveu.

 “No começo era um conto de fadas, sem a fada, claro. Mas não demorou muito para que os abusos começassem. Começou pelo meu telefone, que ele passou a confiscar as ligações e mensagens recebidas e enviadas -ele respondia por mim- e, logo depois ele assumiu as minhas redes sociais, publicando o que ele achava que seria bom para mim. Então eu comecei a perder o controle sobre a minha vida, o meu trabalho, as minhas vontades. Eu não entendia o que estava acontecendo comigo. Ninguém escolhe ser humilhado, agredido, maltratado. Tudo aquilo que eu estava vivendo havia se tornado normal dentro da relação, é como se eu estivesse sendo 'punido' pelo meu pai, pela minha mãe ou pela professora da escola. Eu estava apaixonado pelo meu algoz”, lembra.

Não demorou muito para que as agressões começassem. O jornalista chegou a ser proibido de falar com os amigos, de quem teve que se afastar. Além disso, tinha que manter relações sexuais mesmo quando não queria.

“Ele passou a me proibir de falar com os meus amigos, muitas vezes até com a minha família eu era privado de falar. Certa vez, depois de uma briga, seguida de uma ameaça de morte, eu entrei em pânico e liguei para uma amiga. Chorei baixinho e sem poder falar o que estava acontecendo, mas ela entendeu que algo não estava bem e conversamos quase que em silêncio, por alguns minutos, até ser interrompido por ele. Era uma briga por dia, acontecia de tudo. E eu não entendia que estava dentro de uma relação extremamente tóxica e abusiva”, e continua “eu era constantemente obrigado a ter relações sexuais com ele, de quatro a cinco vezes por dia”, revelou o apresentador.

Rômulo Moreira fez um importante alerta sobre as relações abusivas no meio LGBT e que não são pouco faladas.

“A imagem que a sociedade tem de relações abusivas é o homem batendo na mulher, controlando a mulher, proibindo a mulher. Não nos vejo preparados para falar sobre esse tipo de relação no meio LGBT e, sim, ela está entre nós. Eu entendo que há algum tipo de ‘proteção’ para que não sejamos ainda mais punidos e condenados pela sociedade. Mas, é de extrema importância o conhecimento público sobre as violências que acontecem entre nós. Não se trata de um casal gay, é o homem cometendo um crime contra o outro. Uma mulher cometendo um crime contra a outra. Não é sobre gênero, é sobre caráter”, alertou.

O apresentador, que emagreceu 13kg, passou um mês em Saquarema, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, tratando dos distúrbios psicológicos desenvolvidos após a relação e, embarca para São Paulo na próxima semana, de onde segue para Manaus (AM).

(comunicacaoperfil2@gmail.com)

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