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Projeto, que reúne música, poesia e cinema, inaugura nova etapa com “Chieko Ito Quer Morrer”, do professor e escritor Ivan Frederico Lupiano Dias

Nesta terça-feira (22), o projeto Poesia Voando exibe seu primeiro curta, às 20h, pelo canal do Festival Literário de Londrina (Londrix) no Youtube. A poesia “Chieko Ito Quer Morrer”, de autoria do professor universitário aposentado e escritor Ivan Frederico Lupiano Dias, ex-docente do Departamento de Física da Universidade Estadual de Londrina (UEL), foi a primeira obra escolhida pelo projeto.

Antes da exibição no canal virtual, a proposta será detalhada, brevemente, numa live com os participantes do projeto. “Chieko Ito Quer Morrer” tem direção do cineasta Carlos Fofaun. O projeto conta com patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic).

Segundo o proponente do “Poesia Voando”, o jornalista, escritor e músico Antônio Mariano Júnior, o projeto é lançado com um poema delicado e, ao mesmo tempo, contundente. “Como intérprete, fui desafiado a captar as nuances dos poemas escolhidos, e também atuar, pela primeira vez, como ator”, contou.

Os textos musicalizados foram selecionados através de edital de chamamento bastante concorrido. A temática abordada nos trabalhos foi a solidão e o isolamento durante a pandemia da Covid-19, e seu reflexo nas relações e ambientes familiares, profissionais, amorosos e sociais.

E nos dias seguintes, serão disponibilizados os outros três poemas, no mesmo canal e horário. O primeiro será nesta quarta-feira (23), com a divulgação de “Pandora”, de autoria do escritor, tradutor, ensaísta e compositor Rodrigo Garcia Lopes, tem direção do cineasta Yan Maran.

Outro poema selecionado, “A Coroa de Todas as Mortes”, será divulgado na quinta-feira (24). O texto é de autoria da poeta e professora de Língua Portuguesa da rede pública estadual, Franciela Zamariam, e o curta conta com a direção de Yan Maran

Finalizando as transmissões, “O Tempo é Rei” encerra o projeto “Poesia Voando”, nesta sexta-feira (25). Foi escrito pela poeta, pesquisadora e graduanda em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina, Fernanda de Abreu. A direção é de Carlos Fofaun.

Sobre o projeto

Coordenado pela produtora Chris Vianna, o “Poesia Voando” recebeu mais de 40 inscrições. “A seleção das poesias foi a parte mais complicada. Neste projeto, houve o entrelaçamento de vários caminhos. Ou seja, a participação de artistas pertencentes a escolas diferentes, que se uniram para dar voz, música e imagens às quatro poesias”, complementou Vianna.

Beatriz Vianna Boselli e Yashiro Yamasu também participaram da produção do projeto, que em momento nenhum resvalou em clichês ou em facilidades audiovisuais. “Houve um processo de criação, pois pensamos o projeto como um filme, e não apenas em vídeos para a internet. Portanto, é um filme, um curta-metragem, que pode ser exibido nas telas de cinema e até mesmo participar de festivais”, informou o cineasta Carlos Fofaun.

Ele e o também cineasta Yan Maran “linkaram” os quatro poemas, através de um personagem interpretado por Antônio Mariano Júnior. A ação se passa num só local. ”No entanto, cada poema possui sua própria estética, sua própria narrativa”, assegurou Maran. Os quatro poemas originaram, juntos, um curta-metragem de aproximadamente 11 minutos.

E o personagem presente em todas as cenas, poeticamente denominado no backstage como Samuel, sequer é citado. Trata-se de uma referência ao dramaturgo Samuel Beckett (1906-1989), que roteirizou seu único filme, “Film”, em 1965, protagonizado por Buster Keaton (1895 – 1966).

O curta-metragem foi dirigido por Alan Schneider. ”O personagem faz parte da nossa criação artística, para desvencilhar o ator do personagem e, com isso, nos organizar”, diz Fofaun. “Uma persona para dimensionar nosso trabalho e propor uma estratégia potente para cada poema”, pontua Yan Maran.

As imagens foram editadas com o áudio das quatro poesias e suas respectivas trilhas sonoras, captadas e compostas pelo músico e compositor Eduardo Benvenhu. A sonoridade contempla o estilo clássico e o jazz contemporâneo. “Meu processo de criação iniciou-se pela leitura das poesias para sentir o que elas poderiam me transmitir. Fiz minha interpretação, primeiramente”, informou o músico.

O registro em áudio dos textos, ainda segundo o músico, também influenciou na feitura das canções. “A leitura e a entonação do Mariano influenciaram muito na criação das bases das músicas. A interpretação dele foi muito importante nas composições”, acrescentou Benvenhu.

Asimp/Londri

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